Jovem que teve 90% do corpo queimado morre em Cuiabá
A jovem Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, que sofreu queimaduras em 90% do corpo causadas pelo ex-namorado, faleceu na madrugada desta quarta-feira (25/09) no Hospital Municipal de Cuiabá.
Ela permaneceu internada por 15 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em estado crítico, com queimaduras de segundo e terceiro grau.
A equipe da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) foi chamada pela manhã para liberar o corpo, que foi enviado ao IML (Instituto Médico Legal) da Capital para necropsia.
O responsável pelo crime, Djavanderson de Oliveira Araújo, de 20 anos, não aceitava o término do relacionamento. O incidente ocorreu no último dia 9, em Paranatinga (390 km de Cuiabá).
No dia 16, sua prisão preventiva foi decretada, e ele está sob custódia no hospital. Durante o ataque, quando tentava queimar Juliana, ele também se feriu, resultando em 50% do corpo queimado.
Antes de falecer, ela conversou com a mãe.
Conforme as investigações da Polícia, o caso é tratado como feminicídio.
A mãe da vítima, Rosicléia Magalhães da Silva, afirmou que a jovem acordou do coma e revelou que Djavanderson tinha a intenção de matá-la.
“Perguntei a ela o que realmente aconteceu. Ele queria matá-la, não apenas queimá-la; isso era para ocultar o corpo. A intenção era matá-la a pauladas, pois ele a agrediu com um pedaço de pau. Ela estava cheia de marcas das agressões”, disse.
Durante a investigação, surgiram versões contraditórias por parte dos familiares do suspeito. Com novas evidências, os investigadores concluíram que Djavanderson jogou álcool e depois ateou fogo nela.
A Polícia Civil identificou o posto onde ele comprou R$ 13 em combustível. Ele, então, criou uma história para chamar a vítima até sua casa, onde a incendiou e também se feriu.
O casal esteve junto por três anos e estava separado há três meses, mas ele não aceitava o término. Juliana era natural do Acre e vivia há algum tempo em Paranatinga, onde conheceu o jovem.
Fonte: Mídia News