Jovem desmaia após aceitar água de desconhecido e acorda no mato ensanguentada
Uma criadora de conteúdo de 19 anos desmaiou depois de aceitar uma garrafa de água oferecida por um desconhecido enquanto voltava de uma tentativa de entrevista de emprego em Votorantim, cidade vizinha a Sorocaba, no interior de São Paulo, na tarde de quarta-feira (31/7). Após beber a água, ela desmaiou e acordou momentos depois, desorientada, em uma área de mato, sem blusa, com arranhões e sangue nos seios.
No dia seguinte, Kaline Ferreira registrou um boletim de ocorrência por estupro de vulnerável na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba, cidade onde reside. A jovem identificou uma vaga de emprego que lhe interessava em um condomínio em Votorantim. Como o bairro ficava em uma área rural, a viagem por aplicativo de transporte seria cara. Ela decidiu pegar um ônibus até o shopping Iguatemi e de lá chamar um carro por aplicativo. No entanto, ao desembarcar, constatou que seu celular estava sem internet, impossibilitando o uso do app de transporte.
"Desci a pé até a Praça de Eventos de Votorantim. Pedi ajuda, mas ninguém me ajudou. Falei que precisava chegar em uma entrevista de emprego, mas ninguém deu a mínima.” Sem sucesso em conseguir ajuda, Kaline começou a caminhar de volta ao shopping. Durante o trajeto, um homem se aproximou oferecendo ajuda. Inicialmente, ela recusou a carona que ele ofereceu, mas aceitou uma garrafa de água, acreditando que ele era um vendedor de água. Após beber a água, começou a se sentir mal, desmaiou e não se lembra do que aconteceu a seguir.
Quando Kaline acordou, estava em um local diferente de onde havia bebido a água. Ainda confusa e sentindo-se dopada, percebeu que estava em uma área de mata e sem a blusa, que estava rasgada e com sangue. Ela notou que seus seios estavam cobertos de sangue e arranhões. O criminoso levou apenas a capinha do celular, deixando o aparelho e seus pertences espalhados pelo chão. Com dificuldade, Kaline conseguiu chegar a uma rua movimentada, onde foi informada que estava no bairro Vitória Régia, em Sorocaba, a quase 20 km de onde fora abordada.
Ninguém ajudou Kaline imediatamente, mas ela conseguiu apoio em um bar, onde enviou uma mensagem para amigos que a levaram ao hospital. Kaline compartilhou sua experiência nas redes sociais, onde tem 17 mil seguidores, para alertar outras pessoas. "Mas o incrível é que algumas mulheres vieram me julgar. Como eu ia imaginar que naquela água ia ter alguma coisa? O homem falou que trabalhava vendendo água. Não vi maldade nenhuma nisso." O suspeito é descrito como alto, branco, magro, com uma tatuagem no pescoço e vestia calça jeans clara e camiseta preta. Até a publicação desta reportagem, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) não havia se manifestado sobre o caso.
Fonte: bnews