São Paulo -

Investigação concluída sobre assassinato de Brenda Bulhões; ex-namorado é indiciado

A Polícia Civil finalizou o inquérito que apura o assassinato de Brenda Bulhões, de 26 anos, ocorrido no Guarujá, litoral de São Paulo, em 29 de novembro do ano passado. O ex-namorado da vítima, Bruno dos Santos Campos, de 35 anos, foi indiciado pelo crime.  

Foto: Reprodução/Redes SociaisFoto
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Bruno está preso na cadeia anexa ao 1º DP (Distrito Policial) do Guarujá desde 15 de janeiro, quando foi capturado pela Polícia Civil em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Em 27 de janeiro, ele foi transferido para São Paulo sob um rigoroso esquema de segurança.  

Desde o crime, Bruno era considerado o principal suspeito, e sua prisão foi decretada. Ele permaneceu foragido até ser detido temporariamente em Ponta Porã. Na ocasião, a família de Brenda organizou uma vaquinha para oferecer uma recompensa por informações sobre o paradeiro do acusado.  

A prisão temporária de Bruno, inicialmente com prazo de 30 dias, foi prorrogada no mês passado. Embora o período atual de detenção esteja próximo do fim, ele pode permanecer preso caso o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresente denúncia à Justiça após receber o inquérito. Nesse cenário, a prisão temporária pode ser convertida em preventiva.  

Segundo a defesa da família de Brenda, representada pelos advogados Ana Carolina Oliveira da Silva e Leandro Santos da Silva, Bruno foi indiciado devido a contradições em seu depoimento e ao relato de testemunhas. Ele nega qualquer participação no crime.  

Uma câmera de segurança registrou o instante em que a empresária foi morta em frente ao salão de beleza que ela administrava, por volta das 8h20 do dia 29 de novembro. Bruno alega que, pela estatura, não é ele quem aparece nas imagens. As cenas são chocantes.  

No vídeo, a vítima, que estava em cima de uma moto estacionada, cai aparentemente sem vida. Uma pedestre passou pelo local momentos antes dos disparos, mas a rua estava deserta no momento do assassinato.  

O homem efetua vários tiros, mesmo com Brenda já caída no chão, e foge correndo em seguida.  

“É uma tristeza sem fim não ter nossa filha aqui. Não poder escutar o sorriso dela, não poder sentir o abraço dela, porque um homem acha que é possível matar uma pessoa porque ela disse ‘não, não quero mais você’. E aí, a gente volta no século passado, porque a gente não pode dizer não”, desabafou Elisangela, mãe de Brenda.  

Ela revelou que nunca aprovou o relacionamento de Bruno com a filha. “Não fui muito com a cara dele. Depois, percebemos que era um relacionamento conturbado, e ela ficava cada vez mais triste com o passar do tempo”, contou.  

Elisangela relatou que, após o término, em 22 de setembro de 2024, Bruno se tornou controlador e insistente. A família começou a temer por agressões físicas, mas nunca imaginou que o desfecho seria um homicídio.  

“Esperamos que a justiça seja feita e que ele pague por tudo o que fez com nossa família. Quando ele precisou, estávamos lá para ajudá-lo, e ele nos retribuiu com essa tragédia”, concluiu.

Fonte: Metrópoles

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