O  gerente de logística Jean dos Santos, de 30 anos, foi baleado por um policial civil após um desentendimento entre eles envolvendo um acidente de carro.

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Jean segue internado em estado crítico na UTI e já passou por duas cirurgias. A confusão começou quando a esposa de Jean saiu para buscar o filho e, ao retornar, se deparou com o carro danificado. Ao tentar conversar com o motorista envolvido, identificado como Aleksandro Felix Maximino, de 48 anos, a discussão escalou.

Imagens de câmeras de segurança registram o início da briga no estacionamento de um posto de gasolina. Um primeiro disparo faz com que todos se dispersem. Jean tenta se refugiar dentro da loja de conveniência, mas é seguido pelo atirador, que dispara novamente.

Testemunhas relatam que Maximino não se identificou como policial e apresentava sinais de embriaguez. "Ele não atirou para o alto, ele atirou com intenção de matar. Foram ao menos quatro tiros", conta Maiara, amiga da vítima.

Dentro do depósito da loja, Jean e uma funcionária se escondem. O agressor invade o local, espera a atendente sair e dispara várias vezes contra Jean, que é atingido na perna e no abdômen. Mesmo ferido, Jean ainda é golpeado com coronhadas até desmaiar.

Amigos e familiares rapidamente prestam socorro e o levam para o hospital. Entre os presentes estavam a esposa de Jean e seu enteado de oito anos, que presenciaram a cena com grande desespero.

A esposa de Jean, Taíssa, agora vive a agonia de aguardar notícias do marido na porta do hospital, onde o casal deveria comemorar dois anos de relacionamento.

O agressor, identificado como o policial civil Alecsander, fugiu em um carro branco esportivo, mas se entregou mais tarde à Corregedoria da Polícia Civil, alegando legítima defesa. Ele foi preso, conforme informado pela Secretaria de Segurança Pública do estado.

A família e os amigos pedem por Justiça e esperam que o policial permaneça preso. "Ele deveria proteger as pessoas, não fazer isso", lamenta Maiara. "Não quero que outra mãe passe pelo que estou passando", diz a mãe de Jean.