Sob o efeito de álcool e drogas, um homem de 36 anos fez 15 pessoas da mesma família reféns por várias horas, agrediu a companheira e a filha dela, apontou uma arma para a cabeça da mulher e trocou tiros com a Polícia Militar. Ele acabou morrendo no hospital. O caso ocorreu no Bairro Vitória, em Governador Valadares, na região do Vale do Rio Doce (MG).

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A série de violências teve início por volta das 8h, quando o homem atacou a companheira e a enteada, uma menina de 9 anos, na residência em que viviam. Ambas conseguiram escapar e buscaram abrigo na casa da mãe da mulher. Horas mais tarde, o agressor apareceu no local, arrombou o portão e voltou a fazer ameaças — desta vez, contra todos os familiares.

Por cerca de três horas, o homem manteve 15 pessoas sob ameaça, incluindo a companheira, a enteada, irmãos, sobrinhos, crianças e idosos, até a chegada da polícia. Durante o episódio, conforme relataram testemunhas, o suspeito chegou a apontar a arma para a cabeça da mulher, afirmando que “ela não sairia viva daquele dia”.

Pedidos de socorro

A Polícia Militar foi acionada após vizinhos ouvirem gritos por ajuda. De acordo com o tenente Anderson Sabino, da 134ª Companhia Tático Móvel, a equipe montou uma operação para invadir a casa e impedir a fuga do agressor. “As equipes se dividiram: uma acessou o imóvel pelos fundos e a outra entrou pela frente”, contou.

Segundo a corporação, o suspeito chegou a se esconder atrás de uma moto e abriu fogo. “Mesmo depois dos primeiros disparos dos militares, ele insistiu no confronto”, disse o tenente. Os militares revidaram. O suspeito foi levado ao hospital, mas não resistiu. Com ele foi apreendido um revólver.

Em depoimento, a vítima contou que vivia com o suspeito e que as ameaças e agressões físicas eram frequentes. A polícia informou que o homem tinha antecedentes por tráfico de drogas, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e homicídio.