Entenda o caso -

Garoto que assassinou toda família cogitou jogar cadáveres aos porcos

A cada dia que passa e as investigações sobre o garoto de 14 anos que matou toda a família se aprofundam, novos detalhes brutais surgem. Desta vez, os investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) descobriram que o assassino e a namorada virtual dele, de 15 anos, tiveram conversas pelo Instagram e cogitaram jogar os corpos para porcos comerem. Com informações do Metrópoles.

Foto: Reprodução

A namorada do adolescente suspeito de matar os pais e o irmão em Itaperuna, no Rio de Janeiro, foi apreendida em Água Boa (MT), a 630 km de Cuiabá, na segunda-feira (30/6).

A menina de 15 anos teria instigado e participado a todo momento do crime. Ela foi apreendida mais de uma semana depois do crime, a pedido da PCERJ às autoridades policiais do Mato Grosso, onde ela mora.

Os dois debateram métodos para matar e descartar os corpos. O garoto confessou que cometeu o crime porque os pais não deixaram ele se encontrar com a adolescente, com quem teria um relacionamento havia seis anos.

Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, da 143ª Delegacia de Polícia, os responsáveis também não permitiram que ela fosse à casa da família no Rio de Janeiro, o que fez com que o filho se sentisse contrariado.

Saiba mais detalhes sobre o caso

Triplo homicídio ocorreu em 21 de junho, mas corpos dos pais do adolescente – Inaila Teixeira, 37 anos, e Antônio Carlos Teixeira, 45 – e do irmão caçula dele, de 3 anos, só foram encontrados na última quarta-feira (25/6).

Após matar parentes a tiros, adolescente jogou corpos dentro de cisterna.

Antes de confessar crime, adolescente contou à avó que pais tinham desaparecido porque o filho mais novo do casal teria engolido cacos de vidro.

Com base nisso, houve registro de um boletim de ocorrência sobre o suposto desaparecimento da família.

Desconfiados, policiais civis fizeram buscas na casa da família e, em razão de um cheiro forte, encontraram os corpos na cisterna. O adolescente foi detido no mesmo dia.

Na delegacia, ele contou que atirou na cabeça de Inaila, Antônio Carlos e no pescoço do irmão – que matou para “poupar o menino da dor de perder os pais”.

Uma das linhas de investigação da polícia envolvia um namoro virtual do jovem com uma adolescente de 15 anos moradora de Mato Grosso, que ele conheceu em jogos on-line.

O casal manteve um relacionamento por cerca de seis anos.

O suspeito contou que os pais não aprovavam o namoro e que a jovem teria dado um ultimato: ele precisava ir até o MT para vê-la.

Os pais do adolescente, porém, teriam impedido a viagem, o que supostamente motivou o triplo assassinato.

Durante a perícia na casa da família, a polícia encontrou uma mochila pronta para viagem e com os celulares das vítimas guardados.

Uma segunda linha de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) envolve dinheiro, pois, após o crime, o jovem pesquisou como receber o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de uma pessoa falecida.

O pai dele teria direito a cerca de R$ 33 mil.

A namorada do adolescente prestou depoimento na quinta-feira (26/6), na Delegacia de Água Boa (MT), acompanhada da mãe. Ela foi apreendida na manhã desta terça-feira (1º/7).

À época da detenção do adolescente, ele contou que, após cometer os assassinatos, ligou para a namorada, que teria o induzido a ocultar os cadáveres, segundo o delegado que investiga o crime.

Além disso, o material analisado pelos investigadores demonstrou que a adolescente sabia do crime, com base em trocas de mensagens, inclusive, na data das mortes.

Em depoimento, ela negou a participação no triplo homicídio. Mas, para a polícia, a troca de mensagens revelou a participação efetiva dela.

O delegado acrescentou que a análise das conversas entre os dois mostrou uma “barbaridade” na forma como planejaram e executaram o crime. “Conseguimos mostrar a premeditação, os atos preparatórios, o planejamento em si e os atos executórios”, afirmou.

O delegado destacou que os adolescentes também conversaram sobre como não serem descobertos e que os diálogos incluíam mensagens sobre o distanciamento do casal.

Em uma delas, a adolescente chegou a dizer que o namorado deveria “ser homem” e ir visitá-la – algo interpretado pela polícia como chantagem emocional.

Em uma das conversas com ela, o jovem chegou a dizer que o pai deveria ser morto primeiro, pois poderia impedir a execução da mãe e do filho de 3 anos.

“Outra mensagem trata de como [os adolescentes] sumiriam com os corpos, sobre cães farejadores da polícia, picar os cadáveres, queimar ou até dar para porcos comerem, em uma demonstração de total desprezo pela vida dos parentes”, completou o delegado.

Ainda segundo Carlos Augusto, o casal de jovens discutiu a necessidade de esperar um momento em que o irmão caçula do adolescente estivesse distante, para que isso facilitasse o assassinato dos pais deles.

Os investigadores descobriram que o casal ainda cogitou matar a mãe da adolescente e a avó do jovem, mas desistiu do plano por temerem chamar muito a atenção.

Fonte: Metrópoles

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