Mentora do plano -

Filipinas: vice é acusada de complô para matar presidente

O Departamento de Justiça das Filipinas colocou a vice-presidente Sara Duterte sob julgamento. Ela foi acusada de ser a autora intelectual de um plano para assassinar o presidente do país, Ferdinand “Bongbong” Marcos. Durante uma coletiva de imprensa neste sábado (23/11), Duterte declarou que havia instruído que o presidente Ferdinand Marcos fosse morto caso ela própria fosse assassinada.

Foto: Reprodução / Redes Sociais

“Não se preocupe com minha segurança porque já falei com alguém. Eu disse que, se eu fosse morta, teria de matar BBM (presidente Marcos), Liza Araneta e Martin Romualdez. Não estou brincando, não estou brincando”, disse a vice-presidente das Filipinas, Sara Duterte, no sábado, durante uma entrevista coletiva.

Essas declarações chamaram a atenção. Nesta segunda-feira (25/11), o Departamento de Justiça classificou Duterte como a “mentora” de uma conspiração para matar o presidente e a intimou a dar explicações no prazo de cinco dias.

“O governo está tomando medidas para proteger nosso presidente legalmente eleito. A conspiração premeditada para assassinar o presidente, anunciada pela mandante como ela própria admite, terá agora consequências jurídicas”, afirmou o subsecretário de Justiça, Jesse Andres, segundo quem foi lançada uma caçada para encontrar o suposto “assassino”. “Este tipo de tentativa criminosa não deve ficar sem resposta. Como país democrático, devemos fazer cumprir a lei”, declarou o presidente Marcos.

Duterte informou que pretende atender à intimação. “Ficarei feliz em responder às perguntas que forem feitas, mas eles também terão que responder às minhas perguntas”, declarou ela. “Vamos conversar quando eu receber a intimação.”

Com as eleições gerais do próximo ano se aproximando, esse conflito representa mais uma etapa no colapso da aliança Marcos-Duterte, que assumiu o governo em 2022.

As tensões entre as partes já vinham crescendo há meses. O ex-presidente Rodrigo Duterte, pai de Sara Duterte, havia acusado Marcos de ser “dependente de drogas”, enquanto Marcos sugeriu que a saúde de Rodrigo estava deteriorada devido ao uso prolongado de fentanil, um analgésico opioide. Nenhum dos dois apresentou provas para sustentar suas afirmações.

Fonte: Metrópoles

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