No dia 5 de dezembro de 2023, o advogado Roberto Zampieri foi brutalmente assassinado ao deixar seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime teve como motivação uma disputa envolvendo duas fazendas contíguas localizadas em Paranatinga, avaliadas em R$ 100 milhões.

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O produtor rural Aníbal Manoel Laurindo, proprietário de uma das fazendas, teria percebido que sua propriedade estava em risco após seu irmão, Vanderlei Laurindo, perder uma ação movida por Zampieri. A execução da sentença incluiu também a fazenda de Aníbal, levando-o a acreditar em uma proximidade entre Zampieri e o desembargador responsável pelo caso.

De acordo com o delegado Nilson Farias, a convicção de Aníbal sobre a perda iminente de sua área levou-o a ordenar o assassinato do advogado. Antônio Gomes da Silva, executor do crime, confirmou em seu depoimento que recebeu instruções devido à crença de Aníbal de que ele e seu irmão seriam prejudicados na disputa judicial.

Após intensas investigações, que contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais, o delegado concluiu que Aníbal Laurindo foi o mandante do assassinato, resultando na prisão não apenas do executor, mas também de outros envolvidos no planejamento e financiamento do crime. A partir de agora, o caso seguirá para fase processual, garantindo o direito ao contraditório e à ampla defesa para os acusados.

Estão presos o executor, Antônio Gomes da Silva, o intermediário que contratou o assassino, Hedilerson Fialho Martins, e o financiador do crime o coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini.

As prisões, parte delas efetuadas na região metropolitana de Belo Horizonte de Belo Horizonte (MG), foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP e contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.