O norte-americano Luigi Mangione, de 26 anos, declarou-se inocente nesta sexta-feira (25/04), perante o Supremo Tribunal Penal de Nova York, pelas acusações ligadas ao assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, ocorrido em dezembro de 2024.

Foto: Divulgação/ Departamento de Polícia de Altoona

O caso, que teve grande repercussão nos Estados Unidos, envolve imputações que vão desde homicídio em primeiro grau até terrorismo, e pode resultar em pena de morte em âmbito federal.

No começo de abril, os advogados de defesa do jovem protocolaram um pedido na Justiça para impedir que o governo federal solicite a aplicação da pena capital. A procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, recomendou que os promotores responsáveis pleiteiem a pena máxima para o acusado.

Acusações e julgamento

Mangione responde a 11 acusações em Nova York, entre elas homicídio em primeiro e segundo graus, além de terrorismo, com base em uma legislação estadual pós-11 de setembro que prevê essa tipificação para crimes de alto impacto.

Ele também é alvo de quatro acusações federais, incluindo homicídio com arma de fogo modificada e perseguição, que igualmente podem resultar em pena de morte.

A defesa de Mangione, chefiada por Karen Friedman Agnifilo, ex-procuradora de Manhattan, argumenta que a ampla exposição na mídia e a forma como o réu foi retratado publicamente comprometem a imparcialidade do julgamento.

Agnifilo criticou especialmente a exibição de Mangione em uniforme de presidiário, escoltado por policiais fortemente armados, com a presença do prefeito Eric Adams, classificando o episódio como um “espetáculo”.