A Polícia Civil de Goiás (PCGO) está investigando uma clínica odontológica localizada em Valparaíso de Goiás, no Entorno do DF, por supostamente abandonar pacientes durante tratamentos dentários, causando constrangimento e prejuízo financeiro aos clientes. As vítimas registraram boletins de ocorrência e acionaram a Justiça para recuperar os valores investidos, além de pleitearem indenizações por danos físicos e emocionais.

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Rubiane Marques, 45 anos, relata que começou um procedimento de implante dentário há mais de um ano. "Em maio de 2023, fiz um implante dentário. No começo, colocaram uma prótese removível, o que estava tudo bem. Mas depois, durante um novo procedimento, colocaram uns alargadores na minha gengiva que me impediam de usar qualquer outra prótese. Desde então, estou assim, sem poder comer direito e cheia de pinos na boca", detalha a assistente social.

"Eles sempre arrumam desculpas. Marcavam e remarcavam o tempo todo. Quando finalmente pensei que meu tratamento estava chegando ao fim, começaram a dizer que minha prova estava errada porque eu tinha mordido de forma inadequada. Desde então, só ouço desculpas e nada de remarcação na agenda", desabafa Rubiane, descrevendo a situação até o fechamento repentino da clínica, que permaneceu sem resposta por mais de um mês.

Outra paciente, que preferiu não se identificar, também enfrentou problemas semelhantes, tendo ainda um prejuízo financeiro significativo após pagar adiantado R$ 12 mil. Ela realizou alguns procedimentos, mas esperou mais de um ano pela cirurgia de implante dentário prometida.

Após o fechamento da clínica, os problemas persistiram, sem solução clara mesmo após a reabertura sob nova gestão. "Eles continuam prometendo retomar o tratamento, mas nunca definem uma data", lamenta a paciente, que já perdeu a confiança na clínica e desistiu do tratamento, enfrentando inflamações nos dentes devido aos problemas ocorridos.

O Metrópoles procurou a clínica odontológica Dr. Sorria, que informou estar em processo de reabertura e prometeu retomar os atendimentos. No entanto, até a última atualização desta reportagem, nenhuma das pacientes ouvidas havia sido contatada pela unidade de saúde.

A investigação está em andamento pela PCGO para esclarecer as denúncias e resolver os problemas enfrentados pelos pacientes afetados.