Nesta quarta-feira (07/05), morreu o bebê Anthony Miguel da Rocha. Ele ganhou notoriedade nacional após ser salvo de helicóptero, pelo telhado de uma casa alagada no Vale do Taquari, durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024. Sua morte ocorreu cerca de um ano após a tragédia que comoveu o país.

Foto: Reprodução

Na terça-feira (06/05), a mãe de Anthony, Natasha Becker, informou pelas redes sociais que o filho estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O bebê havia completado um ano de vida em novembro de 2024.

Anthony foi vítima de uma infecção generalizada, provocada por uma bactéria que se instalou em seu pulmão e se espalhou pelo organismo. Apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu às complicações e veio a falecer.

Também pelas redes sociais, Natasha expressou sua dor pela perda do filho. “Hoje, sem dúvida, é o pior dia da minha vida. Terei que me despedir da pessoa que mais amei neste mundo. Estou devastada”, escreveu.

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“Não sei como vou chegar em casa, ver suas coisas e não te ver. Como vou ser forte suficiente para saber que nunca mais irei ouvir “mamãe, mamãe”. Estou aqui me culpando de tudo, o que podia ter feito diferente, como sua passagem aqui poderia ter sido melhor se eu tivesse feito certas coisas. Como vou dormir e acordar e não te ver, e qual o motivo que vou ter para levantar da cama todos os dias sem o seu bom dia”, disse Becker em uma publicação.

Em maio de 2024, durante a enchente histórica no Rio Grande do Sul, Anthony foi resgatado por um helicóptero do Exército Brasileiro, quando tinha apenas cinco meses de vida. Ele passou quase dois dias com os pais e outros familiares sobre o telhado de uma casa completamente submersa, na comunidade de São Miguel, em Cruzeiro do Sul.

Durante esse período, sete pessoas aguardaram o resgate abrigadas na casa da avó do bebê, dentro de uma canoa, enfrentando a falta de água potável, energia elétrica e alimentos. A cena do resgate emocionou o país e viralizou nas redes sociais, tornando Anthony um símbolo de esperança e resistência em meio à catástrofe.

Em agosto de 2024, o bebê foi homenageado pelo Exército em uma cerimônia realizada no Parque do Imigrante, em Lajeado, onde recebeu simbolicamente um macacão de piloto do Comando de Aviação do Exército.