Acusação de racismo -

Após denúncia de racismo, PF diz que não revistou deputadas negras

No último domingo (13/04), a Polícia Federal (PF) afirmou, por meio de nota oficial, que não foi responsável pela revista supostamente realizada nas deputadas estaduais Ediane Maria (PSOL-SP), Andreia de Jesus (PT-MG) e Leninha (PT-MG) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. As três parlamentares, todas mulheres negras, relataram ter sido submetidas a uma abordagem discriminatória ao retornarem de uma missão oficial no México, na última sexta-feira (11/04).

De acordo com o comunicado, a corporação destacou que suas ações seguem protocolos estabelecidos por normas internas e são pautadas pela legalidade, isenção e respeito aos direitos individuais. A PF ainda reforçou que atua em conformidade com os procedimentos legais vigentes e que não participou da abordagem relatada pelas deputadas, que denunciaram o episódio como racismo.

Pelas redes sociais, a deputada Andreia de Jesus afirmou que a seleção para a revista teria sido motivada por estereótipos raciais. Segundo ela, o caso representa a continuidade da lógica do “suspeito padrão”, que recai, de forma recorrente, sobre pessoas negras. A parlamentar classificou o episódio como um constrangimento injustificável e reforçou que o racismo é crime.

Foto: Reprodução Polícia FederalPolícia Federal

A deputada Leninha também se manifestou, classificando o episódio como um caso de “racismo velado”. Para ela, a justificativa de que a revista teria ocorrido de forma aleatória não se sustenta, já que, entre os passageiros, apenas elas foram abordadas. A parlamentar ressaltou que a cor da pele continua sendo usada como critério de suspeição e afirmou que seguirá denunciando esse tipo de violência.

Ediane Maria corroborou os relatos das colegas, destacando que, entre todas as pessoas que estavam na fila de desembarque, somente elas três mulheres negras foram selecionadas para a revista. Para a deputada, esse fato reforça a percepção de discriminação racial e evidencia a necessidade de combater o racismo institucional em todas as esferas.

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