
O Trauma Não Precisa Ser o Autor da Sua História. Você Pode Reescrever Tudo.
Talvez a sua história tenha começado com dor. Com abandono, com injustiça, com perda, com violência emocional ou física.
Talvez você tenha passado por coisas que ninguém deveria ter passado.
E até hoje, existem gatilhos que te fazem reviver aquilo que preferia esquecer.
Mas escute com atenção:
O trauma pode ter escrito o prólogo…
Mas ele não tem o direito de decidir o final.
A dor é real. Mas não precisa ser eterna.
Você não precisa fingir que não doeu. Não precisa romantizar o sofrimento.
E muito menos ouvir vozes que dizem “deixa pra lá”, como se aquilo não tivesse te marcado profundamente.
O trauma marca, mas não define.
Ele entra sem ser convidado, mas não precisa continuar sendo o roteirista da sua vida.
Traumas que viram identidade
Em algum momento, talvez você tenha se confundido com o que te feriu.
Começou a acreditar que era a rejeição, o abandono, a traição.
Repetiu para si frases como:
“Eu sou assim por causa do que vivi.”
“Nunca mais vou confiar em ninguém.”
“Nada dá certo pra mim.”
E sem perceber, passou a viver como se estivesse condenado a repetir o passado.
Mas hoje você está aqui.
Respirando.
Lendo isso.
Com a possibilidade real de fazer diferente.
Reescrever não é apagar. É transformar.
Não se trata de negar o que aconteceu.
É sobre escolher o que você vai fazer com isso agora.
Reescrever é olhar para a dor com coragem e dizer:
“Isso me feriu, mas não me define.”
“Isso me marcou, mas não me paralisa.”
“Isso me derrubou, mas não será meu fim.”
Sua história não termina no capítulo da dor
No último treinamento que realizei em São Luís, vi pessoas que chegaram se arrastando emocionalmente.
Cheias de memórias quebradas, paralisadas por traumas da infância, relacionamentos abusivos ou perdas que pareciam insuportáveis.
Mas vi também essas mesmas pessoas se levantarem.
Chorarem.
Se abraçarem.
E começarem a escrever novas páginas — com mais verdade, mais fé, mais direção.
É possível.
Com ajuda. Com consciência.
Com a decisão de dizer: “Eu não sou meu trauma. Eu sou o que escolho construir a partir dele.”
O novo capítulo começa com uma escolha
Você pode continuar vivendo como quem sobrevive a uma história que não escreveu…
Ou pode tomar a caneta de volta.
Porque no fim das contas, o trauma pode ser uma vírgula. Mas a última palavra é sua.
Marcos Mazullo
Mentor e Psicoterapeuta CRT 46479