O Silêncio Que Grita -

O Silêncio Que Grita: A Dor de Não Ser Vista Nem Por Você Mesma

O que acontece quando você se acostuma tanto a sobreviver, que esquece de viver

Ela está sempre sorrindo nas fotos.

Resolve tudo no trabalho, cuida de todos em casa, é aquela amiga presente.

Mas, no fundo, sente uma dor que não consegue explicar:

“Eu me sinto invisível. Até pra mim.”

Esse é o silêncio que grita.

O silêncio da mulher que faz tudo, mas não se encontra em nada.

A que ouve todos, mas nunca é ouvida de verdade.

A que sobrevive em meio a rotinas e obrigações, mas esqueceu como se vive de verdade.

A invisibilidade emocional começa quando você para de se enxergar

Não começou com um trauma grande.

Começou com pequenas concessões:

Aquela opinião que você guardou pra evitar conflito

Aquela vontade que engoliu pra não desagradar

Aquele desejo que arquivou por achar que “não era prioridade agora”

E, assim, você foi se apagando devagar.

Se adaptando. Se moldando.

Até não saber mais onde termina o que é seu… e começa o que esperam de você.

A rotina que anestesia

Você acorda, cuida, corre, responde, entrega.

Mas, no fim do dia, sente um vazio.

Não é tristeza… é ausência de si.

“Quando foi que eu parei de me ouvir?”

“Por que eu não me reconheço mais?”

“O que aconteceu com aquela mulher cheia de sonhos?”

Essas perguntas vêm baixinho…

Mas têm o poder de virar a chave da sua vida, se você tiver coragem de escutar.

Sintomas de quem está se apagando:

Sente que ninguém percebe quando você está mal

Dificuldade de dizer o que quer (ou até saber o que quer)

Sensação de estar em piloto automático

Perde o brilho sem ter motivo “aparente”

Irritabilidade com pequenas coisas (como um pedido simples parece um peso gigante)

Você se perdeu, mas pode se reencontrar

A mulher que você era está aí.

Ela só está soterrada por anos de tentativas de ser perfeita, compreensiva, equilibrada.

A boa notícia?

Ela nunca morreu. Ela só está esperando ser chamada de volta.

E pra isso acontecer, você precisa fazer uma escolha:

Parar de ignorar os sinais da sua alma.

4 formas de começar a se enxergar de novo:

Fale em voz alta sobre como você se sente — mesmo que só pra você mesma.

O que é nomeado, é curado. O que é escondido, se transforma em dor silenciosa.

Pare de pedir permissão para sentir.

Você tem direito de estar cansada, confusa, com raiva. Emoções são bússolas, não defeitos.

Volte a fazer algo que era só seu — sem função produtiva.

Ler, caminhar, dançar, desenhar. O que importa é que te lembre de quem você era antes de precisar ser tudo para todos.

Se olhe com gentileza — como olharia para alguém que você ama.

Você não precisa se consertar. Precisa se acolher.

Ser vista começa por você

Você quer que o mundo te veja?

Veja-se primeiro.

Você quer que respeitem seus limites?

Respeite-se antes.

Você quer ser amada de forma inteira?

Se ame nas partes que você aprendeu a esconder.

Não espere que alguém venha te resgatar.

A mulher que vai te tirar do fundo do poço…

é a mesma que você tem abandonado no espelho todos os dias.

Marcos Mazullo

Mentor e Psicoterapeuta CRT 46479

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