O Ciclo Destrutivo -

O Ciclo Destrutivo: Ressentimento, Culpa, Não Merecimento e Autossabotagem

No percurso da jornada emocional, encontramos uma teia complexa de sentimentos que, se não forem devidamente enfrentados e compreendidos, podem desencadear uma série de consequências negativas em nossa vida. Um desses ciclos emocionais que merece atenção é o que envolve o ressentimento consigo mesmo, a culpa, o sentimento de não merecimento e, por fim, a autossabotagem.

O ressentimento consigo mesmo é como uma sombra que paira sobre nossa autoestima e bem-estar emocional. Surge quando nos julgamos severamente por erros do passado, por não atingirmos expectativas pessoais ou por nos compararmos constantemente aos outros. Esse sentimento corrosivo pode nos levar a uma espiral descendente, onde a culpa se instala.

A culpa é uma emoção pesada, que muitas vezes nos paralisa e nos impede de seguir em frente. Ela surge quando nos sentimos responsáveis por situações que não saíram como esperávamos, mesmo que não tenhamos total controle sobre elas. A culpa alimenta o sentimento de não merecimento, como se fôssemos indignos de felicidade, sucesso ou amor.

O sentimento de não merecimento é como um filtro distorcido que aplicamos sobre nossa percepção da realidade. Enxergamos todas as conquistas e oportunidades como algo inalcançável para nós, como se não fôssemos dignos de recebê-las. Esse estado emocional mina nossa autoconfiança e nos torna suscetíveis à autossabotagem.

A autossabotagem é o ápice desse ciclo destrutivo. É quando, devido ao ressentimento, culpa e não merecimento, agimos contra nossos próprios interesses, sabotando nossas metas, relacionamentos e oportunidades de crescimento. Podemos procrastinar, nos submeter a relacionamentos tóxicos, ou simplesmente duvidar de nossa capacidade de alcançar o sucesso.

Para quebrar esse ciclo, é fundamental cultivar a autocompaixão, o perdão e a valorização própria. Reconhecer que todos cometemos erros, que a culpa não nos leva a lugar algum e que merecemos sim uma vida plena e realizada. É um processo de desconstrução de crenças limitantes e fortalecimento da autoestima e da confiança em si mesmo.

Ao desenvolvermos uma maior consciência emocional e praticarmos o autoperdão, podemos interromper esse ciclo destrutivo e abrir espaço para uma vida mais leve, autêntica e plena de possibilidades. É um caminho de transformação interna que nos permite alcançar nosso verdadeiro potencial e viver em harmonia com nós mesmos e com o mundo ao nosso redor.

Marcos Mazullo

Mentor e Psicoterapeuta - CRT 46479

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