Eleições parlamentares -

Se não eleger muitos parlamentares, o PT poderá ser tema da Escola de Samba Tuiuti

O PT, os partidos "aliados" e o governador do Estado, travam um debate sobre as eleições proporcionais deste ano. O PT quer chapa pura ou uma chapinha, os aliados chantageiam com o chapão, o governador (que é o chantageado), aceita o jogo dos "aliados".

O PT tenta mostrar que com sua proposta todos ganham, os "aliados" não aceitam e dizem que quem está junto na majoritária tem que estar junto na proporcional. 

Pelo pouco que conheço de política e de PT, vai dar chapão. Lamento que tenha sido meu candidato a deputado federal, o secretário Merlong Solano o porta voz da ordem ao PT - que se submeta ao chapão.  E porque lamento ?

Porque ela não é boa para o PT, nem para o próprio governador Wellington Dias, nem para o candidato do PT à presidência (Lula ou quem ele indicar). Com o chapão o PT não cresce o número de deputados estaduais e federais. Ora, com um número reduzido de parlamentares do seu próprio Partido, o governador e o presidente não governam com liberdade. Governam permanentemente com a afiada espada no pescoço, empunhada pelos "aliados" - alguns eleitos na garupa de votos do PT.

O PT desde o seu nascedouro tem uma obsessão para os cargos maioritários e nunca traçou estratégias que o leve a se aproximar da metade da composição das casas legislativas. Quando consegue um Executivo para administrar, sua representação parlamentar é ínfima. No Brasil os Partidos não se organizam programaticamente, as ditas alianças contemplam mais interesses de carreiras políticas, que os interesses de um programa de governo realmente popular. 

Como já afirmei, este é um antigo problema do PT, não é de 2018. Caberia à população reconhecer o problema e fazer a seleção do joio do trigo, elegendo para os parlamentos aqueles que lá representariam seus interesses. Mas para isso, um partido como o PT, tinha que ajudar a população a compreender bem a situação. 

Mas o PT não ajuda. Quando chega a campanha ele se coliga com os "aliados". Eleitos, os aliados votam a favor da PEC do teto que reduz investimentos em saúde e educação. Eleitos, os "aliados" votam a favor da reforma trabalhista que traz a escravidão de volta à nossos dias. 

E a bancada piauiense de "aliados" está pronta para votar a favor da reforma da Previdência caso ela vá a plenário. 

O PT nasceu, chorou alto para aparecer, para ser visto. Isto não bastou para que ganhasse Executivos. Foi preciso abrir -se para as alianças. Abriu e conquistou governos. No exercício destes governos teve que lançar mão de expedientes que antes condenava. O PT já cresceu o suficiente, já apareceu, não precisa mais abrir - se tanto (no limite, alianças com partidos de esquerda).  

É preciso um novo momento para esse Partido. Um momento de um PT forte nos parlamentos. Com o PT forte nos parlamentos, mesmo sem o Executivo, mas com uma boa bancada de oposição, o Partido poderá fazer muito pela sociedade. Com o PT forte nos parlamentos, ganhando Executivos, poderá ajudar o prefeito/governador/presidente a governar com liberdade. 

A continuar do jeito que sempre veio, daqui a pouco o PT será tema da Tuiuti. Aquelas grandes mãos, serão nossos "aliados" aquelas pessoas vestidas de amarelo e presas por cordas às grandes mãos, serão nossos prefeitos/governadores/presidentes.

Isto vale a pena ?

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