Dilma golpeada -

Impeachment completa um ano, reveja como votaram os deputados golpistas do Piauí

Há exatos doze meses, no dia 17 de abril de 2016, a Câmara dos Deputados escreveu uma das páginas mais vergonhosas da história do Brasil. Numa sessão em pleno domingo, presidida por Eduardo Cunha, parlamentares acolheram um pedido de impeachment sem crime de responsabilidade contra a presidente Dilma Rousseff, reeleita com 54 milhões de votos.

Na Câmara, o Piauí tem 10 deputados federais, naquele fatídico dia para a democracia, metade da bancada local se posicionou a favor de mais um golpe na história do Brasil.

Atila Lira, disse que seu voto era uma renovação de esperanças! Depois de um ano como estão as esperanças do deputado?

Heráclito disse que seu voto não era de rancor. Mas pelo todo da fala se percebe o contrário.

Iracema Portela. A “triste” Iracema.

Júlio Cesar (que quer ser senador numa chapa do PT) votou contra o desajuste das contas públicas. É sério, deputado?

Rodrigo Martins votou pelo futuro das filhas Maria Luiza e Ana Maria.

Hoje temos um presidente da República que é aprovado por míseros 9% dos entrevistados em pesquisa de aceitação popular. Investimentos em saúde e educação estão congelados por 20 anos ou mais, o trabalho foi precarizado através da terceirização, há uma proposta de reforma previdenciária que fará o brasileiro trabalhar até a morte sem o gozo da aposentadoria, o patrimônio natural do Brasil está sendo dado quase de graça a estrangeiros, o desemprego atinge milhões. E como o Piauí contribuiu com este estado de coisas?
Com o voto dos deputados Atila Lira, Heraclito Fortes, Iracema Portela, Julio Cesar e Rodrigo Martins.

Num determinado momento do impeachment, a então presidenta Dilma Rousseff foi ao Congresso fazer sua defesa.

Com o discurso coerente e a postura mais uma vez altiva, serena e digna diante dos algozes (entre eles Atila Lira, Heraclito Fortes, Iracema Portela, Julio Cesar e Rodrigo Martins), a presidenta Dilma Rousseff assegurou o lugar no panteão das vítimas históricas da injustiça. Concretizado o golpe, Dilma se situa ao lado de João Goulart, Salvador Allende, Joana d’Arc, Sacco & Vanzetti e tantos outros grandes homens e mulheres imolados pelas forças reacionárias “em nome do povo”. Como neles, a palavra “honra” cabe como uma luva à biografia de Dilma. Em companhia oposta, na dos covardes e dos traidores, estarão os que a condenaram.

Em seu discurso Dilma disse. “Não pratiquei nenhum crime de responsabilidade. As acusações dirigidas contra mim são injustas e descabidas. Cassar em definitivo meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política. Este é o segundo julgamento a que sou submetida em que a democracia tem assento, junto comigo, no banco dos réus. Na ditadura, fui condenada por um tribunal de exceção. Daquela época, além das marcas dolorosas da tortura, ficou o registro, em uma foto, da minha presença diante de meus algozes, num momento em que eu os olhava de cabeça erguida enquanto eles escondiam os rostos, com medo de serem reconhecidos e julgados pela História. Hoje, quatro décadas depois, não há prisão ilegal, não há tortura, meus julgadores chegaram aqui pelo mesmo voto popular que me conduziu à Presidência. Tenho por todos o maior respeito, mas continuo de cabeça erguida, olhando nos olhos dos meus julgadores.”

Dilma foi golpeada mas milhões de piauienses e brasileiros continuam defendendo o seu mandato, por uma questão de princípios, porque este é o correto a ser feito. Pessoas verdadeiramente honestas possuem princípios e jamais abrem mão deles. Só corruptos renunciam a seus princípios.

Dilma aos quase setenta anos de idade, após ser mãe e avó, não abdicou dos princípios que sempre a guiaram. Exercendo a Presidência da República, honrou o compromisso com o país, com a Democracia, com o Estado de Direito. Foi intransigente na defesa da honestidade na gestão da coisa pública. Diante das acusações que contra ela foram/são dirigidas, é natural sentir, na boca, novamente, o gosto áspero e amargo da injustiça e do arbítrio. Mas Dilma, como no passado, resiste. Não esperem dela o obsequioso silêncio dos covardes.

Quanto aos que a condenaram, infelizmente sabemos que pouco lhes importa o julgamento da História. Não lhes preocupa nem constrange o papel sujo que desempenham diante da nação e mesmo de seus familiares. Consumar este golpe significou o que sempre perseguiram: dinheiro e poder. O que é ter uma consciência tranquila diante do que para eles é a própria razão de existir?

Com colaboração dos sites Brasil 247 e Socialista Morena 

 

Fonte: None

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