Ato Público -

Auditores fiscais do trabalho do Piauí protestam contra Portaria que permite trabalho escravo

Amanhã o usurpador Michel Temer passará por mais uma prova na Câmara do Deputados. Aquele poder legislativo vai analisar a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República que acusa Temer de vários crimes.

O traíra não tem feito outra coisa entre uma denúncia e outra, que a compra de deputados. Tudo às claras. O STF sabe, a imprensa também e a própria população acompanha inerte o festival de corrupção que acontece em Brasília.

As moedas (ou malas de dinheiro) transitam livremente. Mas não é só o dinheiro vivo que Temer usa para atrair os votos que precisa para escapar da denúncia. Medidas que agradem as bancadas de deputados também fazem parte do escambo.

No início de outubro o governo baixou uma portaria (1.129/2017) que fala sobre a fiscalização do trabalho. Popularmente ela está sendo conhecida como a revogação da Lei Aurea – aquela que aboliu o trabalho escravo no Brasil. Inclusive, um meme tornou-se muito popular estes dias na internet. Dizia ele: “Primeiro a gente tira a Dilma, .....depois a Princesa Isabel”.

Temer pode até conseguir (mais uma vez) os votos dos deputados necessários para escapar da denúncia. Mas ele não governa mais.

Alguns de seus atos tem tido repercussão tão negativa que ele acaba voltando atrás. Está repercutindo tão negativamente esta portaria que ele já jogou a culpa em cima do Ministro do Trabalho: "Na verdade, não foi ato meu, do presidente. Mas uma portaria do ministro [do Trabalho]" – disse ele ao jornal Valor Econômico  

Dias atrás ele recuou de outra polémica proposta, a de abrir a região, entre Pará e Amapá, para exploração de mineradoras. Com a repercussão negativa ele revogou o polêmico decreto que ameaça reservas da Amazônia. E os protestos do povo contra a volta do trabalho escravo continuam. Amanhã é a vez do Piauí.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, através da sua delegacia sindical no Piauí, está convidando autoridades públicas, representantes de sindicatos e toda a sociedade civil para um Ato Público pela revogação da portaria 1.129/2017 que restringe o conceito de trabalho análogo a de escravo e dificulta a fiscalização e a punição dos empregadores que adotam tal prática. O Ato Público será realizado amanhã, às 08 horas, em frente a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego

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