A temperatura média global de 2024 superou pela primeira vez o limite de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, alcançando um aumento de 1,6°C em comparação com o período entre 1850 e 1900. O dado foi confirmado pelo serviço europeu Copernicus, que, junto com outros centros meteorológicos globais, apontou 2024 como o ano mais quente já registrado desde o início das medições. O fenômeno é atribuído principalmente à ação humana, especialmente a queima de combustíveis fósseis, e ao impacto do El Niño, um dos mais intensos dos últimos tempos.

Foto: Reprodução/ Agência Gov

Especialistas alertam para a urgência em adotar medidas ambiciosas para frear a aceleração do aquecimento global, que já está causando extremos climáticos ao redor do planeta. O diretor do Departamento de Clima e Sustentabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Osvaldo Moraes, reforçou que os dados refletem os alertas científicos de que a realidade climática está se aproximando de pontos críticos, exigindo uma ação global coordenada.

Além disso, a América Latina, especialmente regiões como o centro da América do Sul e o México, sofreu aumentos de temperatura superiores à média global, com algumas áreas registrando ondas de calor intensas, com temperaturas de até 45°C. Apesar da previsão de que 2025 não será tão quente quanto 2024, a continuidade de extremos climáticos é esperada devido ao aquecimento global persistente.

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A crescente concentração de gases de efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono e o metano, e o aumento das temperaturas na superfície dos mares também têm contribuído para a elevação das temperaturas atmosféricas e a intensificação de eventos climáticos extremos. O alerta é claro: é urgente reduzir as emissões globais de GEE e combater o desmatamento para evitar impactos ainda mais graves no futuro.