Servidores acionam TCE para cobrar mais de R$ 20 milhões em salários atrasados da gestão Dr. Pessoa
Representantes de servidores efetivos, terceirizados e com contratos precarizados reuniram-se, na manhã desta segunda-feira (06/01), com o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Kennedy Barros. Os trabalhadores reivindicam o pagamento de mais de R$ 20 milhões em salários e benefícios atrasados desde novembro do ano passado, período correspondente à gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa. Embora convidada para o encontro, a nova gestão da Prefeitura de Teresina solicitou um prazo maior para avaliar a situação financeira antes de se posicionar oficialmente.
O impasse começou em dezembro de 2022, quando o TCE bloqueou as contas da Prefeitura devido ao risco de inadimplência salarial. Posteriormente, a Justiça determinou o desbloqueio, permitindo o pagamento parcial da folha de servidores.
Sinésio Soares, diretor do Sindserm, destacou o impacto negativo enfrentado pelos trabalhadores municipais. “Quanto aos terceirizados, precarizados também, todos os trabalhadores do serviço público municipal estão sendo prejudicados e são de várias formas. Em relação aos profissionais de educação, a folha de pagamento foi feita, o contracheque também foi confeccionado e publicado e não foram pagas as férias. Os agentes de portaria não receberam mais uma vez as horas extras, alguns receberam dezembro e não receberam o 13º, outros receberam o 13º e não receberam dezembro e isso não justifica. Então, o presidente do Tribunal se propôs a fazer uma mediação e estão buscando uma solução”, afirmou.
O presidente do TCE-PI ressaltou a importância de diálogo com a equipe do atual prefeito Silvio Mendes para superar o problema. “À medida que o tribunal faz os levantamentos e informa a gestão, este acompanhamento real possibilita resolver o que já foi problema. Nós estamos discutindo, é obrigação de rotina, pagar salário. Pagar salário é uma coisa de rotina, é como limpar a rua, é uma coisa de rotina. É uma coisa que não era para estar no campo das discussões. Acontece quando anomalia surge e é nessa lógica que nós estamos agindo. Primeiro no momento de bloquear os recursos para atender esse fim e segundo, uma vez cumprida essa obrigação, analisar agora o que ainda ficou pendente”, concluiu.