Quase dois anos após ser destruído durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, o relógio de Balthazar Martinot foi reintegrado ao Palácio do Planalto nesta terça-feira (07/01). O item, uma peça histórica trazida ao Brasil por Dom João VI em 1808, foi restaurado em parceria com o governo da Suíça e será exibido oficialmente em uma solenidade marcada para esta quarta-feira (08/01). Com informações do Metrópoles.

A cerimônia, que reunirá autoridades dos Três Poderes, marca também os dois anos desde a tentativa de golpe de Estado que resultou na depredação da Praça dos Três Poderes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou ministros para participarem do evento, interrompendo suas férias em razão da ocasião.

Além do relógio, outras peças recuperadas foram devolvidas ao Planalto nesta segunda-feira (06/01), incluindo a pintura As Mulatas, de Di Cavalcanti, e a escultura Galhos e Sombras, de Frans Krajcberg.

Foto: Hugo Barreto/ Metrópoles @hugobarretophoto

Responsável pela destruição preso

Antônio Cláudio Alves Ferreira, acusado de destruir o relógio de Martinot durante os ataques de 8 de janeiro, cumpre pena de 17 anos de prisão na penitenciária Professor Jacy de Assis, em Uberlândia (MG). Ele foi condenado por crimes como associação criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio público e tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.

As solenidades desta quarta-feira buscarão ressaltar a força da democracia e rememorar os danos causados aos patrimônios históricos e institucionais brasileiros.