Levaram a mãe até a UPA -

Recém-nascido morre porque pais demoraram a procurar hospital com medo do coronavírus

Um bebê com apenas um mês de vida morreu nessa terça-feira (2). Ele sofreu com problemas intestinais por cerca de dois dias, mas não foi levado a um hospital. Seus pais temiam uma contaminação pelo novo coronavírus. Quando o casal procurou assistência médica, já era tarde demais. As informações são do O Livre.

A Polícia Militar foi acionada por vizinhos da família, que mora no Residencial Nilce Paes Barreto, em Cuiabá. Era por volta das 09h40, quando uma pessoa informou que uma mulher pedia socorro no meio da rua.

Uma equipe da PM foi até o local e encontrou a jovem de 24 anos. Ela disse que seu filho recém-nascido havia passado mal e o pai, de 26 anos, junto com um vizinho, levou o bebê para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Pascoal Ramos.

Os policiais levaram a mãe até a UPA. Quando chegaram, o médico informou que o bebê já estava morto. Ainda de acordo com ele, pela rigidez do corpo, o óbito já havia acontecido há mais ou menos uma hora.

A equipe médica informou que não havia nenhum sinal de lesão externa no bebê que pudesse indicar maus-tratos.

A Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionada para liberar o corpo e a equipe conversou com o médico. Ele contou que o bebê estava com um estufamento na região abdominal.

Os pais, então, relataram que o bebê estava há mais de dois dias sem defecar e com cólicas. Por medo de levar o filho a um hospital, por causa da pandemia de coronavírus, eles resolveram ministrar um medicamento comprado em farmácia, para alívio das gases.

Na madrugada dessa terça-feira, o recém-nascido foi amamentado pela mãe e, em seguida, voltou a dormir.

Pela manhã, quando se levantou, o pai notou que a criança sangrava pelo nariz e boca. Em desespero, ele e o vizinho levaram o menino à UPA, onde o bebê já chegou morto.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e realizará um exame de necrópsia, que apontará as reais causas da morte.

O caso foi registrado como morte a esclarecer, sem indícios de crime.

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