Piauiense relata momentos de pânico após explosão no Líbano

Uma grande explosão atingiu nesta terça-feira (04/08) a região portuária de Beirute, capital do Líbano. O incidente gerou uma gigantesca coluna de fumaça e um forte deslocamento de ar que varreu a região. Houve um rastro de destruição, com destroços nas ruas, carros amassados e fachadas de prédios destruídos e pessoas feridas. São mais de 100 mortes até agora e cerca de 4.000 feridos a suspeita é que a explosão tenha partido de armazém que guardava nitrato de amônia.

Através de um áudio enviado à TV Cidade Verde, a piauiense Nelida Debs, que mora há mais de 40 anos Líbano, relatou momentos de tensão vivenciados em Beirute.

"O que eu quero dizer é realmente o que nós vivemos ontem, nunca nos meus 40 anos de vida no Líbano, com todas as guerras que passamos, não senti isso, não senti nada, não tivemos o medo, morte e desgosto como depois desse atentado de ontem. Até agora ninguém sabe ao certo o que aconteceu, devidos as disputas religiosas, aqui tudo se trata de política”, relatou ela. 

“Ouvimos duas grandes explosões, como quando você tem guerra. Duas explosões, e tudo que nós vimos pela televisão nem a Hiroshima foi tão bruta, Beirute inteira estar devastada, uma tristeza, achamos no início que era um bombardeio. Vinha do porto número 12 onde se guardava produtos químicos para fabricação de armas contra a guerra de Israel, foi uma tristeza, hospital não conseguia mais atender o número de feridos, não se conseguia fazer uma ligação para saber como estava a família, um pânico absoluto", concluiu a piauiense.