
Pescadores e produtores pedem meio bilhão por danos com queda de ponte
Sete entidades entraram com um processo na Justiça pedindo R$ 500 milhões para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) devido aos danos provocados pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, ocorrido em dezembro do ano passado. A estrutura conectava os estados do Maranhão e Tocantins.
Grupos de diferentes segmentos, que incluem desde pescadores até comerciantes, afirmam ter sofrido grandes perdas financeiras em razão da dificuldade de locomoção gerada pelo colapso da ponte e pela possível contaminação do Rio Tocantins.
Veja as entidades que entraram com a ação:
– Associação comercial de Estreito e Região (Acisape)
– Sindicato dos Empregados no Comércio do Estado do Maranhão (SEC-MA)
– Colônia de Pescadores Z-35
– Cooperativa dos Pescadores e Piscicultores do Médio Tocantins (Cooperatins)
– Associação dos Barraqueiros da Ilha da Cigana
– Associação dos Músicos Locais de Estreito Maranhão (Amlem)
– Associação dos Profissionais em Artesanato de Estreito Maranhão (Apaem)
Oito veículos atravessavam a ponte no instante do desmoronamento. Foram confirmadas 14 vítimas fatais, e ainda há três pessoas desaparecidas. Entre os automóveis, havia caminhões transportando materiais contaminantes. Foram derramadas 70 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.
Poluição e prejuízo
A ponte, erguida na década de 1960, já apresentava sérios indícios de desgaste, conforme relatórios de 2020 que apontaram fissuras, rachaduras e desalinhamento nos pilares.
No pedido encaminhado à Justiça, o advogado das entidades argumenta que a contaminação da água afetou diretamente a colônia de pescadores. Além disso, mais de 96% dos comércios de Estreito (MA) relataram queda no movimento de clientes.
Fonte: Metrópoles