
Infraestrutura bancária do Irã sofre ataque cibernético de grupo israelense
Um grupo hacker pró-Israel, identificado como “Gonjeshke Darande” (ou “Predatory Sparrow”), assumiu a autoria de um ataque cibernético que atingiu severamente o Bank Sepah, um dos maiores e mais antigos bancos estatais do Irã. A ação, realizada nesta segunda-feira (17/06), provocou instabilidade no sistema bancário iraniano, afetando o acesso de clientes a contas online, serviços de autoatendimento e até operações com cartões bancários. Mais informações Metrópoles.
De acordo com a imprensa internacional, o grupo hacker alega ter destruído uma grande quantidade de dados como forma de retaliação ao que classificam como o apoio financeiro do banco às forças armadas iranianas. O Bank Sepah já foi anteriormente alvo de sanções internacionais por seus vínculos com o programa de defesa do país.

A ofensiva ocorre em um contexto de tensão crescente entre Israel e Irã, marcado por confrontos armados e agora por ataques digitais com potencial destrutivo. Especialistas em cibersegurança alertam para o grau de sofisticação da ação, comparável a ofensivas militares, dada a capacidade de interferência em serviços públicos e críticos da infraestrutura nacional.
O governo iraniano, até o momento, não confirmou oficialmente o ataque, mas reconheceu “falhas técnicas” e adotou medidas emergenciais, como o bloqueio de dispositivos conectados à rede em instituições públicas. Já Israel manteve silêncio sobre o episódio, enquanto analistas internacionais relacionam o grupo hacker a operações coordenadas por setores de inteligência do país.
Este não é o primeiro ataque reivindicado pelo “Predatory Sparrow”. Em 2022, o grupo foi responsável por uma ofensiva contra uma siderúrgica iraniana e, em 2021, paralisou o fornecimento de combustíveis ao comprometer redes de distribuição.
O incidente reforça o alerta sobre a militarização do ciberespaço e o uso da tecnologia como arma estratégica em conflitos entre nações.