Um grande incêndio florestal no sudoeste da ilha de Creta, na Grécia, obrigou cerca de 5 mil pessoas — a maioria turistas — a deixarem a região na quinta-feira (03/07), segundo o presidente do Sindicato dos Hoteleiros locais, Yorgos Tzarakis. As evacuações foram realizadas após as autoridades enviarem mensagens de emergência para a área próxima à cidade turística de Ierapetra, onde o fogo destruiu casas e hotéis. As vítimas foram transferidas para abrigos temporários, incluindo um estádio montado às pressas na cidade. Com informações de Metrópoles. 

Foto: Reprodução/Metrópoles

O incêndio começou na tarde de quarta-feira (02/07) e se espalhou rapidamente devido aos ventos que chegaram a 80 km/h. A situação é agravada por uma intensa onda de calor que atinge a Europa, tornando o combate às chamas ainda mais difícil. Mais de 170 bombeiros, apoiados por 46 veículos e sete helicópteros, atuam na região. Quatro pessoas foram hospitalizadas com problemas respiratórios, e houve resgate de moradores presos em suas casas.

De acordo com o porta-voz dos bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis, o terreno acidentado e árido da região dificulta o controle do incêndio, que já conta com reforços enviados de Atenas. Ele alertou que julho é o mês mais crítico para esse tipo de ocorrência devido às temperaturas elevadas e aos ventos intensos. A Grécia, por sua localização, está no chamado “centro de incêndios florestais” e frequentemente enfrenta emergências do tipo durante o verão.

Esse é o terceiro grande incêndio no país em apenas uma semana. Na ilha de Quios, outro foco destruiu cerca de 4 mil hectares. A vizinha Turquia também enfrenta situação semelhante, com dois incêndios registrados na província turística de Izmir. Especialistas e autoridades relacionam a crescente frequência e intensidade desses desastres às mudanças climáticas, que têm elevado o risco de incêndios em toda a região mediterrânea.