Ministra das Relações Institucionai -

Gleisi diz que CPMI do INSS pode comprometer investigação policial sobre fraudes

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou nesta sexta-feira (16/05) que a instalação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pode “prejudicar o andamento das investigações conduzidas pela polícia”.

Foto: Divulgação/Gleisi Hoffmann

"Uma CPMI, no ambiente de exploração política em que está sendo proposta, pode comprometer o sucesso da investigação policial, que deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações. Também pode atrasar o ressarcimento das vítimas, já que sua duração está prevista para seis meses, impactando nos procedimentos já em curso. São preocupações que precisamos externar para esclarecer a população", disse.

"Este governo já acabou com o roubo aos aposentados, demonstrou que levará as investigações até as últimas consequências e trabalha para ressarcir as vítimas o mais rápido possível".

A ministra destacou que o foco atual do governo é responsabilizar os culpados e compensar as vítimas. Segundo ela, a CPMI é um instrumento necessário em governos que não investigam ou escondem casos de corrupção.

"CPIs são prerrogativa do Legislativo e direito das minorias, instrumento importante em governos que não investigam ou acobertam desvios e corrupção, como ocorreu no governo anterior em relação à Covid e ao roubo dos aposentados no INSS. A engenharia criminosa contra os aposentados começou no governo passado e terminou neste, com o desmonte de uma quadrilha que operava no INSS. Foi a CGU (Controladoria-Geral da União), sob orientação do governo Lula e a Polícia Federal que há mais de um ano, em 10 inquéritos, investigam esses criminosos", ressaltou.

Política

No Congresso, a oposição já coletou mais de 250 assinaturas e o apoio necessário para viabilizar a instalação da comissão. Em vez de tentar barrar diretamente a iniciativa, a base do governo agora busca assumir o protagonismo da CPMI.

Até a semana passada, o plano do governo era convencer parlamentares a retirarem suas assinaturas para evitar a criação da comissão. Contudo, com o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), sinalizando que o processo avançaria com facilidade, os aliados do Planalto mudaram de estratégia. Agora, o objetivo é garantir a presidência e, principalmente, a relatoria da comissão. O nome mais cotado para essa função é o da deputada Tabata Amaral (PSB-SP).

Fonte: SBT News

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