Gêmeos siameses nascem unidos pelo sacro; médica diz que caso é 'raro'
No Hospital do Rocio, localizado em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), um evento médico raro e complexo marcou o dia 27 de setembro. O hospital testemunhou o nascimento de gêmeos siameses, uma condição em que dois bebês compartilham uma conexão física especial, unidos pelo osso sacro na base da coluna. Essa peculiaridade torna o caso ainda mais raro do que as ocorrências comuns de gêmeos siameses. Com informações do Banda B.
Os bebês nasceram por meio de uma cesariana planejada com cuidado pela equipe médica do hospital. A médica Marina Nunes Machado, responsável pelo parto, explicou a singularidade do caso. Normalmente, os gêmeos siameses são xifópagos, unidos por alguma parte externa, geralmente no tórax. No entanto, neste caso, eles são pigópagos, ou seja, estão unidos pelo sacro, o que é uma ocorrência extremamente rara.
Os detalhes identificatórios e médicos dos bebês estão sendo mantidos em sigilo para respeitar a privacidade da família. Este caso exemplifica a complexidade da medicina e a resiliência humana, pois muitos gêmeos siameses nascem sem vida ou não conseguem sobreviver além dos primeiros meses de gestação, como explicou a médica Marina Nunes Machado.
Os bebês, que pesam um pouco mais de 3 kg juntos, agora passarão por avaliação neurológica para determinar a possibilidade de uma cirurgia para separá-los ou se essa operação não é viável. A equipe médica do Hospital do Rocio, composta por médicos, cirurgiões e especialistas em saúde, está colaborando para avaliar a situação dos gêmeos siameses e desenvolver o plano de tratamento mais adequado.
No momento, o foco principal é oferecer todo o suporte e cuidado necessário para garantir o bem-estar dos bebês em uma situação médica tão complexa e rara. O caso continua a ser acompanhado de perto pela equipe médica e familiares, enquanto a medicina enfrenta mais um desafio excepcional.