Ações emergenciais implantadas -

DNOCS diz que não há risco "iminente" de rompimento em barragens do Piauí

Gestores do Departamento de Estrada de Rodagem (DER), Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI) e Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), se reuniram, nesta terça-feira (19), na sede do Departamento de Obras Contra a Seca, para discutir a segurança das barragens instaladas em território piauiense, em especial o Açude Caldeirão, localizado no município de Piripiri. 

Durante a coletiva, o coordenador do DNOCS, Djalma Bezerra Policarpo, afirmou que não existe risco "iminente" de rompimento da barragem do Caldeirão no município de Piripiri segundo veiculado nosite UOL.

De acordo com o coordenador, a mídia nacional utilizou um relatório referente ao mês de dezembro do ano passado, no qual já foi feito as correções das anomalias citadas. 

"O que aconteceu é por que a mídia nacional pegou um relatório que foi feito pelo DNOCS ainda em dezembro, e de dezembro pra cá nós fizemos as correções dessas anomalias em parceria com a prefeitura de Piripiri", explica. 

O coordenador afirma ainda que o açude passou por uma vistoria, feita pelo engenheiro Francisco Ribeiro, que afirmou em nota técnica que é necessário sim algumas correções, porém não há risco de rompimento. 

"O nosso engenheiro especialista em barragens, Francisco Ribeiro, esteve ontem lá no açude Caldeirão, e verificou que o local apresenta algumas irregularidades, algumas anomalias, mas a barragem não corre risco 'iminente' de rompimento como a mídia nacional está propagando, então ele emitiu uma nota técnica, datada de hoje, constando a visita dele ontem, e o que foi visto, das providências que foram tomadas e das providências que ainda serão tomadas também, para dar segurança a população de Piripiri, e todos aquelas que vivem em torno do açude Caldeirão", relata. 

O Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER) foi oficializado pelo DNOCS para fazer as drenagens necessárias na parte transversal do açude. 

"Oficiamos o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para fazer as drenagens necessárias da parte transversal, inclusive o Dr. Castro Neto está aqui no DNOCS, e a gente oficiou ele pedindo autorização para iniciar esta obra", finaliza. 

Problemas no Açude Caldeirão

De acordo com o presidente, a obra do Caldeirão tem cerca de 40 anos, e por conta disso existe algumas irregularidades. Por ser um pouco antigo, o local não recebeu uma manutenção preventiva adequada, ato esse que o DNOCS está iniciando em 2019. 

"Um reservatório feito a mais de 40 anos, que tem outras irregularidades até do período que foi construído o reservatório e que não teve uma manutenção preventiva adequada, mas essa manutenção preventiva, ela já está inserida dentro do projeto que nós estamos finalizando e já foi feito todos os levantamentos, tanto da parte de engenharia civil, como a parte hidromecânica, nós queremos até sexta-feira finalizar esse projeto, para na próxima semana darmos o pontapé para o precedimento licitatório", relata. 

De acordo com o diretor do DER, Castro Neto, há 10 anos atrás, foi feito um revestimento asfáltico na coroa da barragem, por conta do tempo, esse pavimento perdeu a vida útil. 

"O DER há 10 anos atrás passou um revestimento asfáltico, é uma estrada, em cima da coroa da barragem, esse pavimento acabou a sua vida útil, então ele cria buracos, ele cria fissuras e a água infiltra, como é na coroa da parede, não tem declividade", completa. 

O diretor afirma ainda que após o período chuvoso, esse revestimento será trocado por completo, mas que para as obras emergenciais, o DER vai realizar uma operação tapa buracos para evitar maiores problemas. 

"O que o DER vem fazendo nos últimos 10 anos, quando existe um buraco ele vai lá e fecha o buraco, o que nós vamos fazer agora, é retirar toda a camada asfáltica e fazer tudo novo, mas não é possível agora por causa do período chuvoso, então emergencialmente nos vamos fazer a operação tapa buraco na coroa da parece da barragem, para não haver infiltração dentro da parede, e assim que passar o período do inverno, vamos retirar todo o asfalto velho e colocar todo o asfalto novo com sistema de drenagem novo para não ter mais esse tipo de problema", explica. 

Para o DNOCS, as obras efetivas no açude iniciam até abril deste ano. 

"Agora, final de março e começo de abril já vamos dar a ordem de serviço para fazer um obra efetiva, uma obra mais completa, que vai dar uma segurança definitiva para a população de Piripiri, mas eu quero tranquilizar, que de acordo com a nota técnica, não há nenhum perigo iminente de rompimento", completou.   

Obra emergencial 

De acordo com o coordenador, as obra emergenciais iniciaram, o DER já fez o levantamento topográfico e já está com uma equipe de conservação para detectar as fissuras na parede, operações tapa buraco serão realizadas para reduzir as fissuras na superfície.

Outras obras em barragens no Piauí 

Na barragem de Paulistana, foi feito a primeira medição, em Bocaina já foi pago a segunda medição da recuperação e em Fronteiras foi emitido a ordem de serviço.  

"Temos aproximadamente R$ 2 milhões assegurados para manutenção preventiva de 16 barragens que foram construídas pelo DNCOS, que não tiveram ao longo do tempo as manutenções necessárias, independente de tudo isso, nós fizemos a inspeção de todas as barragens construídas pelo DNOCS, foram inspecionadas em 2018, elaborados os relatórios e agora estamos fazendo os levantamentos, os projetos para fazer a manutenção preventiva de todas essas barragens e com os recursos assegurados pelo Programa de Segurança de Barragens", explica. 

 

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