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Diabetes não controlada aumenta risco de infarto e derrame

Dia 26 de junho é o Dia Nacional do Diabetes, uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue. A Federação Internacional de Diabetes alerta que entre 2019 e 2021 houve um aumento de 16% de incidência da doença na população mundial. No Brasil, as estimativas recentes apontam 16,8 milhões de brasileiros com a doença, cerca de 7% da população.

A endocrinologista Larissa Almeida, cooperada Unimed Teresina, explica que o diabetes é perigoso e se não controlado a longo prazo, vai aumentar o risco de doenças cardiovasculares como infarto ou derrame. “Além disso, pode levar a complicações crônicas como a doença renal do diabetes, a neuropatia do diabetes, também pode levar a lesões nos membros inferiores e acometer a visão. De forma aguda, ainda pode levar a complicações muito graves e óbito”, ressalta.

Endocrinologista Larissa Almeida.
Endocrinologista Larissa Almeida.    Foto Dalson Carvalho

As causas do diabetes são uma combinação de vários fatores. No caso de diabetes tipo 2 há uma junção de fatores genéticos com o estilo de vida. “Excesso de peso, sedentarismo, alimentação inadequada com muito açúcar, carboidratos, frituras e processados. Todos esses fatores combinados elevam o risco de ter a doença”.

Já o diabetes tipo 1 caracteriza-se como uma doença autoimune. “Existe também um fator genético, mas nesse tipo há a produção de anticorpos que levam o organismo a deixar de produzir insulina. Esse tipo é uma forma mais grave da doença, com risco de morte, e se faz necessário o uso da insulina como tratamento”, destaca a médica.Além do tipo 1 e 2, a endocrinologista elenca que ainda existe: o diabetes gestacional, que ocorre nas mulheres durante a gestação, o diabetes mody que é um diabetes de herança genética, além dos diabetes secundários devido ao uso de medicamentos como corticoides.

O diabetes geralmente é assintomático, principalmente do tipo 2. “Ele não se sente, se mede. A doença só vai gerar sintomas com níveis de glicose muito elevados. Por isso, o paciente pode passar anos com a doença e não sentir nada”.

Os principais fatores de risco do diabetes são: histórico familiar; excesso de peso; mulheres com histórico de diabetes gestacional e com síndrome dos ovários policísticos; pressão alta e histórico de doenças cardiovasculares.

O tratamento sempre começa com a dieta, mas também é importante praticar atividade física e uso de alguns tipos de medicações. “Aliando esses três nós conseguimos ter um bom controle da doença. Essas recomendações também valem para prevenir a doença. Fazer uma mudança no estilo de vida, com uma alimentação saudável, atividade física e evitar o ganho de peso”, pontua a médica.

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