"Calúnia e difamação" -

Condenada por injúria racial, advogada polemiza com caso de bebê reborn

A advogada goiana Silvana Ferreira da Silva, conhecida nas redes sociais por comentar casos envolvendo bonecas hiper-realistas conhecidas como bebês reborn, foi condenada a 7 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto por injúria racial qualificada, calúnia e difamação contra o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior. A sentença da 1ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia também impõe à advogada o pagamento de R$ 30 mil em indenização. O caso diz respeito a declarações feitas por ela durante um podcast, em 2021, nas quais relatou, sem citar nomes, ter sofrido assédio de um promotor que seria “meio moreninho”. Com informações de Metrópoles.

Foto: ReproduçãoCondenada por injúria racial, advogada polemiza com caso de bebê reborn

Mesmo sem nomear diretamente o promotor, o Ministério Público de Goiás argumentou que era facilmente identificável que Silvana se referia a Milton Marcolino, único titular da promotoria responsável pelos crimes contra a vida na época na comarca mencionada. A advogada afirmou que o promotor teria solicitado seu número de telefone durante uma audiência e que, após o ocorrido, passou a perseguir seu cliente. Segundo ela, o réu permaneceu preso por dois anos e só foi absolvido após o próprio promotor reconhecer a falta de provas.

Fora dos tribunais, Silvana também ganhou visibilidade ao comentar em suas redes sociais um pedido inusitado: uma ação de guarda compartilhada de uma boneca reborn. A advogada recusou o caso por se tratar de um objeto inanimado, mas aceitou representar a cliente na disputa pela administração do perfil da boneca no Instagram, que estaria gerando renda por meio de publicações e parcerias comerciais. Para Silvana, a crescente popularidade das bonecas hiper-realistas pode trazer consequências jurídicas preocupantes.

Após a condenação, Silvana recorre da decisão em liberdade e afirmou, em suas redes, que não se surpreendeu com a sentença proferida em Aparecida de Goiânia, onde atua o promotor envolvido. Ela classificou o julgamento como “totalmente parcial” e disse confiar que o recurso, agora fora da comarca, será apreciado com imparcialidade.

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