Duas crianças morreram -

Cinco pessoas são vitimas de afogamento na Paraíba

Pelo menos cinco pessoas foram vítimas de afogamento no último domingo (02/02) na Grande João Pessoa e em outras regiões da Paraíba. Entre os casos, duas crianças perderam a vida, sendo uma de 6 anos, que se afogou em uma área conhecida como Prainha, em Pedras de Fogo, e outra de 5 anos, que não resistiu após cair em um açude na Zona Rural de Lagoa de Dentro.

Foto: Reprodução

Os demais registros envolveram três crianças, com idades entre 2 e 4 anos, além de uma mulher de 56 anos. Os incidentes ocorreram em diferentes pontos da Grande João Pessoa. Uma criança de 2 anos sofreu afogamento na Praia do Sol e foi encaminhada ao Hospital de Emergência e Trauma por uma ambulância do Corpo de Bombeiros. Já outra vítima, de 3 anos, foi socorrida no bairro Jardim Cidade Universitária e também recebeu cuidados na unidade hospitalar.

Por volta das 19h19, uma criança de 4 anos se afogou em Jacumã, no município do Conde, e foi transportada ao hospital em um veículo particular. No mesmo horário, uma mulher de 56 anos precisou ser resgatada pelo helicóptero Acauã, da Secretaria de Segurança Pública da Paraíba, após um afogamento na Praia de Jacumã.

Diante desses episódios, o Corpo de Bombeiros reforça a necessidade de vigilância constante de crianças em locais com água e alerta sobre os perigos do banho em áreas sem monitoramento. A corporação mantém postos de guarda-vidas distribuídos pelo litoral e recomenda que os banhistas procurem locais supervisionados para evitar fatalidades.

O afogamento no Brasil: dados alarmantes

O afogamento é uma questão séria no Brasil. Segundo um levantamento divulgado em 2024 pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), baseado em dados de 2022, a cada 90 minutos, uma pessoa perde a vida por afogamento no país. A pesquisa revela que o afogamento é a segunda principal causa de óbito entre crianças de 1 a 4 anos e a quarta mais frequente entre jovens de 5 a 24 anos.

O risco de morte por afogamento é consideravelmente mais alto entre os homens, que morrem, em média, seis vezes mais do que as mulheres. Além disso, aproximadamente 40% das mortes por afogamento ocorrem antes dos 29 anos, com três crianças morrendo diariamente dessa forma.

Águas naturais e perigos

A maioria dos óbitos ocorre em ambientes naturais, como rios, lagos e represas, representando 70% das fatalidades. Crianças menores de 9 anos têm maior probabilidade de se afogar em piscinas ou dentro de residências, enquanto adolescentes e adultos enfrentam mais riscos em praias e outros corpos d’água naturais.

Os dados também indicam um aumento do perigo durante o verão. Cerca de 41% dos afogamentos acontecem entre dezembro e março. Mesmo crianças que sabem nadar correm risco, especialmente devido à sucção de bombas em piscinas.

Afogamento: Um problema de saúde pública

O afogamento é considerado um incidente, e não um mero acidente. Embora muitas mortes ocorram de forma inesperada, a prevenção é a maneira mais eficaz de combater esse problema. Estima-se que cada óbito por afogamento gere um custo aproximado de 210 mil reais ao Brasil, levando em conta os impactos econômicos e sociais.

Em locais de banho sem guarda-vidas, o risco de morte por afogamento é 60 vezes superior. Além disso, a pesquisa mostra que, a cada 18 resgates feitos por guarda-vidas, 1 pessoa precisa de atendimento hospitalar e, a cada 38 pacientes atendidos no hospital, 1 acaba falecendo.

Fonte: Metrópoles

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