Diversos grupos culturais -

Caminhada reúne comunidades de matriz afro e chama atenção para liberdade religiosa

Em sua sétima edição, a caminhada Cultura Negra Estaiada na Ponte reuniu representantes das religiões de matriz afro para dar voz aos povos de terreiro do Piauí.

Com o tema “Liberdade Religiosa” o evento teve início no Parque Potycabana com a apresentação de diversos grupos culturais de música e dança. O Governo do Estado apoiou o evento por meio da Coordenadoria de Comunicação Social (Ccom) e da Superintendência de Relações Sociais (Supres). 

“As estatísticas comprovam que há sim uma discriminação muito forte e que existe inclusive violência praticada contra as religiões de matriz africana. Nesse sentido, é dever do Governo do Piauí oferecer total apoio para que nós possamos passar uma mensagem de paz para a população.

Que nós possamos dialogar sobre a importância dessas religiões que, como todas as demais, precisam ser respeitadas”, disse o superintendente de Relações Sociais do Governo do Estado, João de Deus. 

O secretário de Estado da Cultura, Fábio Novo, também participou do evento e enfatizou a importância da caminhada. “Somos um país diverso e a forma como os povos habitaram o Brasil, o tornou multicultural. Cada vez mais precisamos apoiar ações como essa para que a sociedade entenda que precisamos viver em paz. Precisamos ser tolerantes com todos os tipos de religiões. As religiões de matriz afro foram as primeiras que chegaram aqui, então, elas não podem ser tolhidas”, disse o gestor. 

Para a sacerdotisa da Umbanda, Eufrasina de Iansã, é um momento de festa, celebração, mas também de cobrança para a sociedade. “Nós existimos, necessitamos de visibilidade, respeito e segurança. Existe ainda um grande preconceito em torno das religiões de matriz afro.

Se todos se propusessem a conhecer, estudar, não haveria tanta ignorância e tanto preconceito. Precisamos ser ouvidos, há um número muito grande de terreiros em todo Piauí. Pela sétima vez estamos aqui para mostrar como nossa religião é linda e não precisa estar escondida”, afirmou a sacerdotisa. 

Além das apresentações culturais, o evento abriu espaço para feiras de produtos afros, uma oportunidade para que o movimento pudesse mostrar aquilo que é produzido nas comunidades tradicionais.

“São roupas, calçados, artesanato, tudo feito dentro da temática afro e espiritual. Produzimos dentro de nossas casas o que possibilita a ocupação de nossas comunidades e o retorno vai para nossas atividades”, explicou o babalorixá Italo de Logun Edé. 

Fonte: Com informações do pi.gov

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