‘Desafios gigantes’ -

Wellington Dias revela desafio de pacificação e defende separação de Ministérios

Participando do evento ‘E agora, Brasil?’, promovido pelos jornais ‘O Globo’ e ‘Valor Econômico’, o senador eleito pelo Piauí, Wellington Dias(PT) pontuou que o maior desafio para a próxima gestão é a pacificação do país, de acordo com o petista, o Governo Lula terá que trabalhar a partir de janeiro de 2023 com esse objetivo. “Vamos ter que pacificar todas as relações”, afirmou o ex-governador do Piauí.

De acordo com o líder político do Piauí, a próxima administração ainda terá ‘desafios gigantes’ em áreas que mexem diretamente com o bem estar da população, como o setor social. Ademais, outro desafio a ser enfrentado na visão do senador eleito advém coma estrutura administrativa. “Temos que trocar pneu com o carro andando”, frisou.

Coordenando as negociações relativas a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição, que insere deixa fora do teto de gastos o valor do pagamento do Bolsa Família, o piauiense reverbera para a necessidade de dar uma atenção especial aos brasileiros afetados pela pobreza. “Na área social, é gravíssima a desorganização”, cravou.

Senador defende separação de Ministérios

Durante o evento, o senador eleito pelo Piauí ainda defendeu o desmembramento da Segurança do Ministério da Justiça. Para ele, é preciso tratar com total prioridade do tema.

“Não é razoável que se jogue nas costas dos estados a responsabilidade de um tema que é impossível de se resolver só pelos estados. A pessoa que comanda o primeiro comando da capital no Piauí, por exemplo, está presa em Campinas, em São Paulo, para se ter uma ideia. Isso é uma realidade no país. Defendo, e o Fórum dos Governadores também defende, que tenhamos uma área para cuidar com total prioridade do tema da segurança. Eu entendo que sim (é preciso de um ministério à parte)”, defendeu.

O ex-governador do Piauí lembrou que já vem encampando a defesa há algum tempo, inclusive, contando com a cumplicidade de Rui Costa (Bahia).

“Eu e o governador Rui somos cúmplices. No consórcio Nordeste, e depois no Fórum dos Governadores, abrimos esse debate há muitos anos. E ali estávamos discutindo com a presidente Dilma. Houve o golpe, ela foi afastada, e assumiu o presidente Temer. E a gente pediu uma agenda com o governo e conseguimos, pela primeira vez no Brasil, ter o Ministério da Segurança. Raul Jungmann foi o primeiro ministro da Segurança. Se você pergunta a qualquer brasileiro quais são os principais problemas. Se pedir para citar três, não sei qual a ordem que vai dar, mas certamente a segurança será um deles. É gravíssima a questão da segurança. Com desvio de foco em tantas coisas, não estamos olhando para a segurança”.

Wellington Dias indicou que há uma subnotificação dos casos de homicídio no Brasil, defendendo uma revisão nos dados, o que pode apontar para um ‘escândalo’. “Você vai ver o escândalo que vai ser na hora que padronizar de novo a regra do que é um homicídio. Vai ser um escândalo, porque hoje o número de homicídios é próximo do número de casos não resolvidos. Ou seja, encontrou um veículo incendiado e tinha lá um cadáver. Não se sabe se foi homicídio, fica com caso não resolvido. Não vem para a contabilidade. Então não teve queda coisa nenhuma de homicídio neste país. Basta ver o que acontece no país inteiro. E cresceu (o número de homicídios). Hoje não deve ter um município que não tenha facção de traficantes”, finalizou.

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Fonte: Jornal Meio Norte

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