Os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo aprovaram, nesta terça-feira (12/11), um aumento de 37% nos próprios salários em votação simbólica e sem debates. O projeto de resolução foi proposto pela Mesa Diretora, presidida pelo vereador Milton Leite (União), e a votação durou apenas 23 segundos, com três votos contrários e uma abstenção. Votaram contra os vereadores Fernando Holiday (PL), Jussara Basso (PSB) e a bancada do PSOL, enquanto Luna Zarattini (PT) se absteve. As informações são do Metrópoles.

Segundo o projeto, o valor do subsídio mensal para a próxima legislatura será reajustado em duas etapas. Em 1º de janeiro de 2025, o salário passará para R$ 24.754,79, representando um aumento de 30% em relação ao valor atual, que é de R$ 18.991,68. Em 1º de fevereiro de 2025, o valor será ajustado novamente, chegando a R$ 26.080,98, totalizando o reajuste de 37%. O subsídio dos vereadores é fixado pela Constituição em até 75% do valor pago aos deputados estaduais, que também receberam aumento em fevereiro deste ano.

O presidente da Mesa, Milton Leite, abriu e finalizou a votação em apenas 10 segundos, considerando o projeto aprovado e, em seguida, encaminhou-o para promulgação. A decisão rápida e a falta de debate em plenário geraram reações, principalmente pela diferença entre o novo valor e o atual salário. Em resposta às críticas, a Câmara justificou o reajuste apontando que a última correção ocorreu em 2016, e que o valor atual dos subsídios está abaixo do percentual de 47,34% de inflação acumulada entre janeiro de 2017 e outubro de 2024.

Em nota ao portal Metrópoles, a Câmara de São Paulo afirmou que o reajuste respeita o teto constitucional de 75% do subsídio dos deputados estaduais e que a atualização visa corrigir a defasagem acumulada ao longo de oito anos.

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