A Polícia Federal instaurou um inquérito contra a vereadora Tatiana Medeiros (PSB), que foi formalmente indiciada pelos crimes de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, entre outros. A investigação foi desdobrada na segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada em 3 de abril de 2025, nas cidades de Teresina (PI), Timon (MA) e Minas Gerais. O relatório, que foi assinado pelo delegado Daniel Araújo Alves, foi encaminhado ao Judiciário no dia (11/04).

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O cerne da investigação gira em torno da campanha eleitoral da vereadora, que foi suspeita de ter sido financiada com recursos ilegais provenientes da facção Bonde dos 40, além de desvios financeiros na ONG Instituto Vamos Juntos, que estava sob a gestão de Tatiana. A Polícia Federal também identificou que o namorado da parlamentar, Alandilson Cardoso Passos, desempenhou um papel crucial no esquema, sendo apontado como o principal financiador da candidatura de Tatiana, por meio de recursos ilícitos.

A trama criminosa se estendeu ainda a Stênio Ferreira Santos, padrasto de Tatiana Medeiros, que atuava como assessor na Câmara Municipal de Teresina e tinha ligação com a Secretaria de Saúde do Piauí. Através de transações financeiras irregulares em suas contas pessoais e de outros assessores parlamentares, Stênio foi indiciado por vários crimes, incluindo lavagem de dinheiro, corrupção eleitoral e peculato-desvio. Em razão disso, ele e outros assessores ligados ao esquema foram afastados de seus postos.