Senador Zequinha Marinho defende exploração de petróleo na Margem Equatorial
O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) defendeu, em pronunciamento na quarta-feira (12/03), a exploração de petróleo na Margem Equatorial do Brasil, ressaltando os possíveis benefícios econômicos para os estados do Amapá, Pará e Maranhão.
O parlamentar criticou a posição do Ministério do Meio Ambiente de basear a decisão exclusivamente em critérios técnicos e argumentou que a região precisa utilizar seus recursos naturais para melhorar suas condições socioeconômicas. Ele comparou os impactos dos royalties do petróleo recebidos por municípios como Maricá (RJ) com a realidade do Amapá, que tem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. Citando dados do IBGE e dos Índices de Progresso Social (IPS), destacou que 17 dos 20 municípios brasileiros com pior qualidade de vida estão na Região Norte e afirmou que a exploração petrolífera poderia contribuir para a redução da pobreza na Amazônia.
— Precisamos explorar o petróleo e garantir que a riqueza decorrente dessa atividade seja revertida em favor da população daquela região, para que se mude, pelo menos um pouco, o IDH — afirmou.
Zequinha também questionou a proposta do Instituto de Estudos Avançados da USP, apoiada pelo Ministério do Meio Ambiente, de criar um mosaico de unidades ambientais marinhas na Margem Equatorial. Segundo ele, a iniciativa poderia dificultar a pesca e comprometer o desenvolvimento econômico local. Além disso, contestou o uso do termo “Foz do Amazonas” para se referir à área de exploração, explicando que o poço exploratório está localizado a 540 km da foz do rio, em alto-mar.
O senador anunciou ainda a apresentação de um projeto para a criação da Frente Parlamentar do Senado Federal em Defesa da Exploração de Petróleo na Margem Equatorial do Brasil (PRS 2/2025) e pediu apoio dos colegas parlamentares.
— Essa frente terá por objetivo promover o debate, a formulação e o desenvolvimento de ações legislativas voltadas para o apoio e o fortalecimento da exploração do petróleo na Margem Equatorial brasileira — declarou.
Fonte: Agência Senado
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