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Nos últimos dias, os Tribunais Eleitorais têm intensificado suas análises, o que pode resultar na perda de mandatos políticos. Além do julgamento envolvendo o senador Sergio Moro (União-PR), que avalia a possível cassação do ex-juiz, outras situações também estão sob escrutínio, envolvendo nomes do Congresso Nacional e governadores. Claudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Paulo Dantas (MDB), de Alagoas, estão entre os mencionados. Ambos enfrentam possíveis cassações, além da ameaça de tornarem-se inelegíveis.

A mais recente decisão envolve o governador fluminense. Na quarta-feira (03/04), o Ministério Público Eleitoral emitiu parecer defendendo a cassação da chapa de Castro e do vice-governador, Thiago Pampolha, por supostos crimes eleitorais relacionados ao financiamento de projetos. Entre as irregularidades, estão mais de 20 mil contratações temporárias sem processo seletivo, configurando uso indevido da máquina pública para favorecer suas candidaturas.

O parecer destacou: "O esquema teve claro escopo de utilização da máquina pública estadual, à exclusiva disposição dos investigados, e permitiu o escoamento de recursos públicos que foram indevidamente utilizados para promover as suas candidaturas e cooptar votos para as suas respectivas vitórias nas urnas, atendendo interesses pessoais escusos para a perpetuação desses políticos nos cargos eletivos do Estado do Rio de Janeiro, sobrepondo-se ao interesse coletivo". O julgamento ainda está em curso, mas avançou nas últimas semanas.

O governador de Alagoas, Paulo Dantas, enfrenta situação semelhante. O Ministério Público Eleitoral no estado pediu a cassação de seu mandato e a inelegibilidade, além do vice, Ronaldo Lessa (PDT), por suposto abuso de poder político e econômico ao criar o programa assistencial Pacto contra a Fome durante as eleições de 2022. O caso aguarda julgamento.

No Paraná, o Tribunal Regional Eleitoral iniciou o julgamento que pode cassar o mandato do senador Sergio Moro. O placar está empatado em 1 a 1, com análise a ser retomada na próxima semana. Moro é acusado de abuso de poder econômico por gastos excessivos antes de oficializar sua candidatura ao Senado, em 2022.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também deverá analisar esses casos após as decisões das Cortes estaduais. Nesta quinta-feira (04/04), o TSE avalia a possível cassação do senador Jorge Seif (PL), de Santa Catarina, também por abuso de poder econômico.

Em outra frente, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) enfrenta processos internos relacionados ao seu possível envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Há expectativa de avanços no processo ao longo do mês de abril, com a possibilidade de perda do cargo parlamentar.

A defesa dos políticos envolvidos nega as acusações e confia na justiça, enquanto os processos seguem em curso, revelando uma intensificação das investigações eleitorais.

Fonte: SBT News