
Quem é Davi Alcolumbre, favorito à presidência do Senado Federal
O senador Davi Alcolumbre (União-AP), de 47 anos, é o principal nome para assumir a presidência do Senado Federal na eleição da nova Mesa Diretora, marcada para este sábado (1º/02). O pleito ocorre simultaneamente à eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. Com informações do Metrópoles.
Alcolumbre, que já ocupou o cargo entre 2019 e 2021, preside atualmente a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais relevante do Senado. Em 2021, ao fim de seu mandato como presidente da Casa, apoiou a eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que cumpriu dois mandatos consecutivos.
Senador pelo Amapá em seu segundo mandato, Alcolumbre também exerceu três mandatos como deputado federal entre 2003 e 2015 e foi vereador em Macapá de 2001 a 2003.
Sua candidatura à presidência do Senado reúne apoio de partidos de diferentes espectros políticos, incluindo PT e PL, além de siglas do Centrão como PP, Republicanos e PSD. O apoio se dá em troca da distribuição de cargos estratégicos na Casa.

Perfil mais independente
Durante o mandato, Pacheco se aproximou mais do governo Lula, especialmente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Considerado um nome forte do Centrão, Davi Alcolumbre deve ter um perfil mais independente em relação ao Executivo.
Como presidente do Senado de 2019 a 2021, Alcolumbre se aproximou do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas isso não foi um impeditivo para que a gestão do ex-presidente evitasse dificuldades para aprovar pautas de seu interesse.
Agora, por mais que mantenha diálogo aberto e direto com Lula, isso não deve significar que o político seja mais aberto a atender os desejos do governo, como foi Pacheco.
Mesmo depois que saiu da presidência do Senado, a amizade de Alcolumbre com Bolsonaro não impediu que o senador do Amapá segurasse por meses a indicação de André Mendonça ao STF na CCJ do Senado. A indicação de Mendonça foi feita em julho de 2021 e votada só em dezembro daquele ano.
Apesar da aliança com a oposição, Alcolumbre também mantém boa relação com o governo federal. Chegou indicar um dos ministros do primeiro escalão petista: Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional.