Anvisa autorizou pesquisas -

Queiroga sobre remédio citado por Bolsonaro: “Por que não pesquisar?”

    Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta segunda-feira (19/07), que é necessário realizar pesquisas sobre a eficácia e segurança do medicamento proxalutamida no tratamento da Covid-19. O fármaco foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como uma alternativa no combate à doença. As informações são do Metrópoles.

Após receber alta médica no domingo (18/07), o mandatário, que estava internado em São Paulo para tratar um problema intestinal, afirmou que apresentaria o medicamento ao ministro da Saúde. Na manhã desta segunda-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a realização de pesquisas sobre o fármaco. Os testes serão realizados pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China.

“Essa medicação já tem sido alvo do interesse dos pesquisadores. Tem alguns pequenos estudos e o presidente já afirmou, não só em relação a esse medicamento, mas em relação a outros, do anseio de ter algumas medicações que sejam efetivas também no tratamento da Covid”, afirmou o titular da Saúde.

Questionado sobre o incentivo ao uso de remédios que ainda não têm aprovação da Anvisa para uso contra a Covid, o ministro disse que não há mal nenhum em realizar testes. “O que o presidente falou ontem? Conep. O que é Conep? Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. Qual é o mal em pesquisar? Me aponte um. Pesquisa com vacina, pesquisa com fármacos”, disse.

Queiroga afirmou ainda que outros remédios estão sendo estudados como alternativa para o tratamento da Covid-19. “(Há) outros medicamentos que foram reposicionados, como medicações usadas para problemas reumáticos, a exemplo do Tofacitinibe, Tociluzumabe. Proxalutamida está no início dessas pesquisas, precisa se estudar mais para verificar primeiro a sua segurança, segundo a sua eficácia. E a partir daí ser considerado para o tratamento”, assinalou.

Autorização da Anvisa

Segundo a Anvisa, o estudo será realizado na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México, Estados Unidos e no Brasil. Os testes contarão com 12 voluntários no estado de Roraima e 38 em São Paulo.

“Trata-se de um estudo de fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e a segurança da substância em participantes ambulatoriais do sexo masculino com Covid-19 leve a moderada (Protocolo GT0918-US-3001)”, informou a agência.

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