A Prefeitura de Teresina decidiu desativar parcialmente o aterro sanitário da capital, restringindo o recebimento de resíduos apenas aos provenientes da varrição e capina urbana. A medida foi tomada dias após a morte de D. K., de 12 anos, que foi atropelado por um trator enquanto dormia no local, em meio ao lixo.

A mudança tem como objetivo reduzir a presença de catadores não cadastrados no espaço, considerado de alto risco. A nova destinação dos resíduos domiciliares será feita para um aterro sanitário privado, cuja contratação será definida por meio de processo licitatório. A prefeitura planeja firmar acordo com a empresa vencedora para realizar a transferência completa do lixo urbano.

Foto: Divulgação/Agência Brasília

Uma comitiva da administração municipal, composta pelos secretários de Planejamento, Comunicação e pelo presidente da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb), visitou o local para avaliar as condições do espaço e apresentar um relatório técnico ao prefeito Silvio Mendes.

O documento detalha a situação atual do aterro e propõe ações para restringir o acesso ao local, especialmente por pessoas em situação de vulnerabilidade social que buscam material reciclável no lixão. A expectativa é que, com a reestruturação do modelo de destinação do lixo, sejam evitadas novas tragédias e melhorada a segurança nas áreas de descarte de resíduos sólidos.