
Piauí entrega mais de 2 mil títulos de terra e regulariza 100 mil hectares em 2024
O título de propriedade é o documento que assegura a segurança jurídica das famílias que vivem em imóveis urbanos e rurais. Desde 2023, o Instituto de Terras do Piauí (Interpi) tem concentrado esforços na regularização fundiária e na entrega desses títulos a moradores de assentamentos, comunidades tradicionais e áreas rurais. Somente entre janeiro e junho deste ano, mais de 2 mil títulos foram entregues e mais de 100 mil hectares de terra regularizados.

Atualmente, as ações do Interpi estão distribuídas em mais de 30 municípios piauienses. O trabalho é realizado com presença direta nas comunidades, identificando os beneficiários e conduzindo os trâmites legais. Segundo o diretor-geral do instituto, Rodrigo Cavalcante, a titulação vai além do direito à moradia — ela representa também um impulso para o desenvolvimento social. “Esse benefício, assegurado pela Constituição Federal, torna realidade o sonho de muitas famílias que, por anos, buscaram uma forma de regularizar suas terras”, destacou.
A dona Santana de Oliveira, 74 anos, mãe de 10 filhos e moradora da comunidade rural Várzea Grande, no município de Cristino Castro, no sul do estado, recebeu o documento em junho deste ano. Emocionada, ela destacou o significado da conquista. “Esperei a vida inteira por esse papel. Essa terra sempre foi minha casa, onde criei meus filhos e trabalhei duro. Agora tenho certeza no papel de que ela é nossa mesmo. É um dia que nunca vou esquecer”, comemorou.
No assentamento Macambira, localizado no município de Batalha, no norte do Estado, ao todo, 911 famílias obtiveram a titularidade de suas terras. Essa é uma das maiores áreas de assentamento da América Latina, com cerca de 3 mil famílias residentes. A ocupação iniciou em 1929, e em 1983, o Estado do Piauí realizou a desapropriação do território, até então pertencente à Diocese. Em 2024, um total 589 famílias haviam recebido seus documentos, totalizando agora 1.500 títulos entregues à população do assentamento.
“Estamos levando cidadania para o interior do Piauí, garantindo que essas famílias tenham o reconhecimento oficial de que são, de fato e de direito, donas da terra onde vivem e produzem. O título é uma chave que abre portas para o futuro”, destacou Rodrigo Cavalcante.
Fonte: Governo do Piauí