
Lula reforça parceria estratégica com os EUA e comenta sobre contenção de gastos públicos
Na manhã desta segunda-feira (22/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista a agências internacionais de notícias no Palácio da Alvorada. Durante a conversa, Lula abordou a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de desistir de concorrer à reeleição e destacou a importância da relação entre Brasil e EUA.
Lula enfatizou que seu papel não é escolher o próximo presidente dos Estados Unidos, mas manter uma relação respeitosa com quem estiver no cargo. “Seja um candidato democrata, seja Biden ou Trump, a nossa relação vai ser uma relação civilizada de dois países importantes que têm uma relação diplomática de séculos e que a gente quer manter”, afirmou o presidente brasileiro. Ele destacou que o Brasil e os EUA possuem parcerias estratégicas que o governo brasileiro deseja preservar.

O presidente também recordou o período em que Biden foi eleito, expressando sua satisfação com a vitória e elogiando a postura do americano em defesa dos trabalhadores. Lula afirmou que a relação do Brasil será mantida com quem for eleito presidente dos Estados Unidos. Biden continuará no cargo até a posse de seu sucessor, prevista para 20 de janeiro de 2025.
Além de comentar sobre a situação política internacional, Lula abordou a questão das finanças públicas do Brasil. O presidente discutiu a recente contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024, anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Lula ressaltou a necessidade de equilíbrio fiscal, destacando que gastar mais do que se arrecada pode levar o país à falência.
O presidente criticou a desoneração de setores empresariais, que, segundo ele, custa R$ 27 bilhões e contradiz o pedido por cortes em gastos públicos. "As pessoas que ficam felizes com bloqueio de dinheiro e obras ficam felizes com desoneração. Seria melhor não ter desoneração, que não precisaria bloquear nada", reclamou.
Haddad, por sua vez, justificou a medida como necessária para cumprir o arcabouço fiscal previsto para 2024 na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Fonte: Reprodução/Agência Gov