Garnier desaparece e enfrenta perda de apoio, inclusive dentro da Marinha
O almirante Almir Garnier entrou em reclusão após a divulgação do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que testemunhou sobre um suposto plano de golpe de Estado do ex-presidente, apoiado apenas pela Marinha entre as Forças Armadas. As informações são do Metrópoles.
Antigos colegas de Garnier relatam que ele não está respondendo a mensagens e evita atender ligações. Além disso, ele abandonou sua conta no Twitter, onde costumava interagir com tweets de teor golpista. Oficialmente, o militar afirma que se pronunciará apenas "nos autos".
O alto comando da Marinha parece não demonstrar solidariedade à situação do ex-comandante das Forças Armadas, e Garnier deve ser convocado para depor tanto na Polícia Federal quanto na CPMI do 8 de Janeiro, que solicitou a quebra de seus sigilos.
De acordo com ex-colegas, a relação de Garnier com outros almirantes já estava desgastada, pois ele era considerado muito próximo a Jair Bolsonaro e era visto como um "mau militar".