Durante sua gestão -

Ex-presidente do BNDES nega que banco tenha favorecido JBS e Odebrecht

O ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, negou em depoimento, nesta quarta-feira (25/10), na CPI do BNDES que durante a gestão dele o banco tenha favorecido operações com empresas como JBS e Odebrecht. 

Presidente do BNDES entre os anos de 2007 e 2015, Luciano Coutinho esclareceu a CPI os procedimentos para se adquirir um financiamento no banco, segundo ele qualquer proposta de financiamento passa pela consulta de no mínimo dois colegiados e em geral a proposta é analisada por cerca de 50 pessoas das áreas técnicas e jurídicas antes de ser aprovada.

Coutinho negou que tenha recebido pedidos ilícitos do então ministro da fazenda Guido Mantega de reuniões com dirigentes de empresas como JBS e Odebrecht.

“O ministro nunca me fez nenhum pedido ilícito que tivesse vinculado a nenhum projeto do banco, de forma nenhuma”, disse o presidente.

O relator, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), indagou a razão de o banco financiar tantas obras em outros países como Venezuela, Moçambique e Cuba.

“A Odebrecht fez o Porto de Cuba, ela recebe aqui, mas aí há uma lógica evidente, Cuba não ia pagar, Venezuela também não paga,” disse o senador Armando Monteiro (PTB-PE).

Armando saiu em defesa do banco ao afirmar que o BNDES financia apenas a parte que é exportada pelo Brasil, como matérias primas e que a prioridade é por investimentos no Brasil.

“BNDES é um banco, que pressupõe a análise de projeto, quando se apoia um empreendimento na Venezuela, isso não é um projeto concorrente, com um projeto de infraestrutura no Brasil, por que naquele momento não há um projeto no Brasil”, relatou o senador.

Ao pedir a aprovação de requerimentos para a abertura de sigilos de operação de financiamento do BNDES a empresas com empreendimentos em outros países o senador Lasier Martins (PSD-RS), explicou que é preciso esclarecer essas operações a sociedade.

“Exportar empregos é uma coisa, agora mandar essa quantidade de recursos para países com risco de não receber em vez de avançarmos nas obras, tantas obras que nós carecemos, eu tenho uma total discordância”, disse o senador Lasier.

A CPI aprovou requerimentos para a abertura de sigilos das operações do banco, no financiamento de obras na Argentina, Venezuela, Moçambique e Equador.

Fonte: Com informações da Agência Senado

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