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Eleição de Lula ou de Bolsonaro não fará diferença para os partidos

Até prova em contrário, o candidato nem Lula nem Bolsonaro é Ciro Gomes (PDT), que pela quarta vez disputa a Presidência da República. Não é João Doria (PSDB), não é Simone Tebet (MDB). Ciro tem mais que o dobro deles nas pesquisas de intenção de voto. As informações são do Blog do Noblat no Metrópoles.

    Reprodução

Doria está sendo vítima de um golpe de mão dos caciques do seu partido que tentaram em vão derrotá-lo em eleições internas, e agora querem que ele se retire. O MDB lulista e o bolsonarista empenham-se em abortar a candidatura de Simone.

Quem mais do que Ciro bate sem piedade em Lula e em Bolsonaro ao mesmo tempo? Quem mais do que ele apresenta ideias para governar, goste-se delas ou não? Quem mais do que ele afronta de cara lavada e desarmado os milicianos que pregam o golpe?

Isso quer dizer que Ciro poderá desbancar Lula ou Bolsonaro e ir para o segundo turno? Difícil que isso aconteça. Difícil que ele, ou Doria, ou Simone, rompa a polarização anunciada desde o ano passado e que se mantém incólume até aqui.

Diminuiu a vantagem de Lula sobre Bolsonaro, mas Lula não caiu, e Bolsonaro parou de crescer. Esta será uma semana repleta de novas pesquisas aplicadas pelos institutos com melhor reputação. Não se espera que traga grandes surpresas, mas… A conferir.

A polarização no alto se repete no andar de baixo, o dos governos estaduais. Cite um único estado em que a terceira via de fato ameaça os dois favoritos. Em São Paulo é Haddad (PT) contra Tarcísio de Freitas (PL). No Rio, Cláudio de Castro (PL) x Freixo (PSB).

Em Minas, Alexandre Kalil (PSD) contra Romeu Zema (Novo). Na Bahia, ACM Neto (União Brasil) x Jerônimo (PT). Em Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade) contra Danilo Cabral (PSB) – e por aí vai, de uma ponta à outra do país.

“Partido político no Brasil, hoje, é cooperativa de deputados”, observou Lula, e com razão. A maioria dos partidos está nem aí para quem venha a se eleger presidente ou governador. O que lhes interessa é eleger o maior número possível de deputados.

O orçamento secreto explica, como o dinheiro do fundo partidário. A eleição de 2018 foi atípica, não mais se repetirá. A deste ano, de transição – no caso de Lula, porque ele pretende governar só quatro anos; no de Bolsonaro, porque será seu último mandato.

Os partidos estão mesmo de olho nas eleições de 2026, que poderão marcar o início de uma nova era. Lula ou Bolsonaro não fará muita diferença para eles.

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