O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nesta sexta-feira (29/11) sobre o relatório da Polícia Federal (PF) que o acusa de cometer crime de injúria contra o delegado Fábio Alvarez Shor.

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Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro criticou a PF, instituição da qual ele é escrivão licenciado. "Um deputado ou senador tem imunidade parlamentar para se expressar. Se fosse apenas para dizer coisas agradáveis, não precisaria da imunidade prevista na Constituição. Ela existe exatamente para esses casos. No fim, é um delegado federal tentando nos censurar. Pelo amor de Deus, não vão conseguir", afirmou Eduardo.

Como noticiado, Eduardo Bolsonaro foi investigado após um discurso na tribuna da Câmara, em agosto, no qual exibiu uma foto do delegado, que está envolvido em investigações da PF relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outras figuras de direita. No discurso, Eduardo chamou Fábio Shor de “verdadeiro cachorrinho de Alexandre de Moraes” e afirmou que o delegado “merecia” ser chamado de “putinha de Alexandre de Moraes”.

A partir de vídeos do discurso, a Polícia Federal abriu, em agosto, uma investigação contra Eduardo, além de outros dois parlamentares: Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB). A investigação foi conduzida por ordem do delegado Luiz Eduardo Navajas, chefe de gabinete do atual diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

A PF, no entanto, não indiciou Eduardo Bolsonaro. Dos três deputados, apenas Van Hattem foi indiciado, pelos crimes de calúnia e injúria, conforme relatório assinado pelo delegado Marco Bontempo. A investigação contra o parlamentar do Novo inclui uma agravante de pena, devido ao fato de o crime ter sido cometido contra um funcionário público no exercício da função e também nas redes sociais. O delegado também destaca que, além do discurso na Câmara, Van Hattem fez postagens contra Fábio Shor nos perfis oficiais do parlamentar no Instagram e no YouTube.