Através da prova da Enade -

Brasil terá seleção nacional para contratar professores, diz ministro

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou para novembro um pacote de medidas para fortalecer a valorização do magistério no Brasil. Entre as propostas está a ideia de usar o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como prova de seleção para cursos de licenciatura em todo o país. Santana conversou com jornalistas no encerramento do Encontro Global de Educação (GEM 2024/5), realizado em Fortaleza (CE), nesta sexta-feira (01/11).

Foto: Ângelo Miguel/MEC

"Vamos lançar políticas de atração para professores, como eu costumo dizer, um ‘Pé de Meia’ para licenciatura. Haverá uma seleção unificada para o país inteiro, feita por adesão de estados e municípios. Não será obrigatória neste momento, mas será uma adesão voluntária. Governadores e prefeitos têm me cobrado sobre a necessidade de padronizar essa seleção em nível nacional, e a ideia é realizar essa seleção através da prova do Enade”, declarou Camilo Santana.

O ministro também anunciou que, juntamente com as medidas que serão lançadas em novembro, os estudantes que fizerem o Enem e escolherem licenciatura receberão uma bolsa mensal de mais de R$ 500, paga pelo Governo Federal como incentivo.

"Será um valor mais alto, mas seguirá o modelo do ‘Pé de Meia’ para o ensino médio. Trata-se de um incentivo: uma bolsa mensal e uma poupança ao final do ano, por isso estamos chamando de ‘Pé de Meia’ da licenciatura", explicou o ministro, em referência ao programa de apoio financeiro para alunos do ensino médio.

O objetivo do governo, segundo Santana, é estimular a formação de novos professores para atender à demanda crescente. “Estamos estruturando uma espécie de ‘Mais Professores’, em uma lógica semelhante ao ‘Programa Mais Médicos’. Ou seja, queremos que o professor possa receber um adicional no salário para atuar nas escolas que enfrentam carência de profissionais”, afirmou o ministro.

Camilo Santana também se posicionou contra mudanças nos limites constitucionais para investimentos em educação. "Eu serei totalmente contrário a qualquer alteração nos limites constitucionais para a educação em nosso país, e estou seguro de que o presidente Lula também compartilha dessa visão”, concluiu.

Fonte: Metrópoles

Instagram

Comentários

Trabalhe Conosco