Após pedido de um cidadão -

Bolsonaro se irrita com reclamação sobre preço do arroz: “Vai comprar na Venezuela”

    LUCAS MARCHESINI

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se irritou, neste domingo (25/10), com um homem que o pediu para reduzir o preço do arroz. O chefe do Executivo Nacional estava saindo da Feira Permanente do Cruzeiro, quando foi interpelado pelo cidadão. As informações são do Metrópoles. 

“Bolsonaro, baixa o preço do arroz. Eu não aguento mais”, pediu a pessoa.

“Tu quer que eu baixe na canetada? Você quer que eu tabele? Se você quer que eu tabele, eu tabelo, mas você vai comprar lá na Venezuela”, retrucou Bolsonaro, visivelmente nervoso.

A conversa aconteceu durante uma volta de moto pela capital federal que o presidente fez, acompanhado dos ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto, e do chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Com eles estavam mais outros 14 motociclistas, entre eles, seguranças.

A primeira parada do grupo ocorreu no posto Colorado, na parte norte da cidade, onde Bolsonaro comeu pamonha e depois seguiu para Feira Permanente do Cruzeiro, na área mais central da capital federal, local da troca de palavras.

Preço exorbitante

O arroz, item básico da mesa do brasileiro, chegou a preços exorbitantes na medida em que o dólar subiu e produtores acharam vantajoso exportar o produto a abastecer o mercado interno. O presidente tem se recusado a interferir para tentar baixar o preço. O valor do grão chegou a dobrar depois do aumento das demandas interna e externa, influenciado pela pandemia de Covid-19.

Em ocasiões anteriores, o presidente argumentou que o tabelamento de preços já foi feito no passado e não deu certo. “Não posso é começar a interferir no mercado. Se interferir, o material sobra na prateleira, isso que é pior”, disse, no dia 16 de setembro.

No mês passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que o preço do arroz registrou forte alta em meio à crise do novo coronavírus porque a condição de vida dos mais pobre está melhorando. Segundo o ministro, o que fez com que a vida do pobre melhorasse e, consequentemente, os preços subissem foi a “enxurrada de dinheiro” paga a famílias de baixa renda durante a pandemia, como o auxílio emergencial de R$ 600 e o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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