
Avião com ex-presidentes é barrado no Panamá e impedido de decolar para a Venezuela
Um avião da Copa Airlines transportando ex-presidentes de ao menos cinco países da América Latina foi impedido de decolar do Panamá com destino à Venezuela. O grupo participaria de uma missão de observação da eleição presidencial marcada para domingo (28/07). Eles fazem parte da Idea (Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas), uma organização que promove a democracia na América Latina. As informações são do R7.
Segundo o presidente do Panamá, José Raul Mulino, o avião não recebeu autorização para decolar devido a um bloqueio no espaço aéreo da Venezuela. Mulino também informou que entre os passageiros estava a ex-presidente do Panamá, Mireya Moscoso.
A imprensa colombiana e panamenha tem divulgado que também estavam no avião os ex-presidentes Jorge Fernando Quiroga (Bolívia), Vicente Fox (México), Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica) e a ex-vice-presidente da Colômbia Marta Lucía Ramírez.

"Um avião da Copa que transportava a Presidenta Moscoso e outros ex-presidentes em direção à Venezuela não foi autorizado a decolar de Tocumen enquanto eles permanecerem a bordo, devido ao bloqueio do espaço aéreo venezuelano. Da mesma forma, outro voo da Copa para o Panamá, partindo de Caracas, não foi...", diz José Raúl Mulino (@JoseRaulMulino) Julho 26, 2024
Nas redes sociais, Vicente Fox informou que todos os voos com destino a Caracas foram suspensos, classificando o episódio como um momento de “tristeza”. Ele também chamou Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela, de “ditador”.
A eleição na Venezuela ocorre no domingo, com dez candidatos concorrendo ao cargo de presidente. Edmundo Gonzalez Urrutia é o principal opositor de Maduro, que busca seu terceiro mandato consecutivo. Pesquisas indicam 59% de intenção de voto para Urrutia e 24,6% para Maduro. A comunidade internacional pede por eleições transparentes após acusações anteriores de fraude no país.
Na quarta-feira (24/07), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu não enviar observadores para acompanhar a eleição venezuelana. A decisão foi uma resposta às declarações de Maduro, que afirmou que a Venezuela possui o melhor sistema eleitoral do mundo, enquanto países como Colômbia e Brasil não têm urnas auditáveis.
Apesar disso, o governo brasileiro manteve a ida do assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, para acompanhar as eleições da Venezuela.